Por paulo.gomes
Raymond Whelan está sendo procurado pela polícia após fugir pela porta lateral do Copacabana Palace na tarde de quinta-feiraOsvaldo Praddo / Agência O Dia

Rio - A Polícia Civil segue nesta sexta-feira na procura de Raymond Whelan, ex-gerente-executivo da Match Services, fornecedora exclusiva de bilhetes nas partidas da Copa do Mundo. O inglês está foragido desde a tarde de quinta, quando foi decretada pela Justiça sua prisão preventiva e ele deixou o Copacabana Palace antes da chegada dos policiais. Na noite passada, pessoas relacionadas à Fifa teriam informado que ele se entregaria à polícia. Mesmo assim, a Polícia Civil realizou três diligências nesta manhã em endereços nos quais o 'tubarão' poderia ser encontrado.

"Já comunicamos a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. Fui informado de que o passaporte dele está retido. Outras seis pessoas relacionadas ao escândalo podem ser identificadas nas próximas horas", disse o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso.

De acordo com Veloso, a Fifa tem colaborado e sido informada dentro do cabível conforme o andamento das investigações. Nenhuma hipótese é descartada até o momento em relação ao possível envolvimento a integrante da Fifa.

Justiça nega novo habeas corpus

Na madrugada desta sexta, o Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio negou o pedido habeas corpus impetrado pela defesa de Ray Whelan. A decisão é da desembargadora Flávia Romano de Rezende. A prisão preventiva dele e de mais dez envolvidos na máfia dos ingressos foi decretada na tarde de quinta-feira, após o mesmo TJ ter concedido o alvará de soltura na terça.

Até o final da manhã, Raymond não havia se apresentado na 18ªDP (Praça da Bandeira), delegacia responsável pelas investigações sobre a quadrilha internacional de cambistas desbaratada durante a Copa do Mundo no Brasil. A Polícia Civil ainda não sabe o paradeiro do executivo inglês e deve deflagrar uma megaoperação para tentar capturá-lo.

Ele fugiu do Copacabana Palace na companhia do advogado Fernando Fernandes, uma hora antes da chegada dos policiais. Câmeras de segurança flagraram a saída dele pela lateral do hotel, na Rua Rodolfo Dantas. Na suíte, os policiais encontraram a mala pronta do inglês, dois telefones celulares e a TV ainda ligada.

Num comunicado na noite de quinta-feira, o advogado Fernando Fernandes negou que o cliente esteja foragido. Ela afirmou que a decisão da prisão preventiva, por uma juíza de primeira instância do TJ, descumpria a decisão de habeas corpus da desembargadora Marília de Castro Neves Vieira, determinando a soltura do executivo. O advogado garantiu que se a Justiça reconhecesse a prisão, Raymond se entregaria, o que ainda não aconteceu.

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