Por felipe.martins

Rio - Parte do contingente da Força Nacional de Segurança (FNS) que atuou na cidade durante a Copa do Mundo poderá permanecer no Rio. O governador Luiz Fernando Pezão encaminhou terça-feira ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, um pedido de prorrogação da estadia das tropas até 31 de dezembro. Em outro ofício, para a presidenta Dilma Rousseff, ele também protocolou mais uma demanda para a proteção da cidade: o aumento do prazo das Forças Armadas no Complexo da Maré.

Aproximadamente 680 agentes da FNS vieram para o Rio durante o Mundial. Eles atuaram em manifestações, no patrulhamento do Maracanã e de locais de circulação de delegações estrangeiras. A maior parte desse efetivo começou a ser desmobilizada segunda-feira, retornando à capital federal. A ideia do estado é que, ao menos, de 400 a 500 militares continuem em solo carioca.

Miltares que ocupam as comunidades da Maré desde abril%2C devem ficar na região até depois das eleiçõesSeverino Silva / Agência O Dia

Caso se confirme a permanência, a tropa já tem destino certo: a Baixada Fluminense. O governo do estado pretende utilizar este recurso para reforçar o policiamento em Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti e Belford Roxo, onde os índices de violência aumentaram. A missão dos agentes será combater os roubos e diminuir as estatísticas desse crime na região.

O Ministério da Justiça informou ontem que o pedido para a prorrogação do contingente que atuou na Copa ainda não havia sido feito pelo estado. O prazo inicial termina amanhã. Já as equipes da FNS que atuam no Morro Santo Amaro, no Catete, vão continuar na comunidade por mais 90 dias.


Proximidade das eleições é uma das justificativas do pedido

O pedido de prorrogação da Força de Pacificação do Exército e da Marinha que atuam na Maré, já estava sendo ventilado nos bastidores do estado desde maio, conforme O DIA anunciou. O prazo inicial vai até o dia 31, mas o o governador Luiz Fernando Pezão quer o apoio das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no conjunto de favelas pelo menos até o fim do ano.

No pedido, encaminhado terça-feira à presidenta Dilma, Pezão alega que o emprego total das tropas da Polícia Militar na Copa, obrigou o cancelamento de folgas e férias destes militares, que serão repostas nos próximos meses. E, em seguida, com o contingente voltado para a segurança das eleições, ficaria difícil para a Segurança Pública ter efetivo para ocupar as 15 comunidades da Maré.

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