Por thiago.antunes

Rio - Quando se fala no padrão de vida de um grande jogador de futebol, se espera luxo e grandes fortunas. Os salários, como se sabe, são altíssimos, e podem garantir o futuro dos craques e de suas famílias, mesmo após a aposentadoria. Mas, a julgar pela declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral, Romário, candidato ao Senado pelo PSB, não guardou muito do que ganhou quando era uma das maiores estrelas do esporte mundial.

Hoje deputado federal, Romário disse possuir um patrimônio de R$ 1,312 milhão. Entre os bens declarados neste ano, nada do jipe militar Hummer, de cerca de R$ 300 mil, com o qual causava frisson ao chegar nos treinos quando era jogador. Na lista, nenhum carro e uma moto BMW ano 2002, no valor de R$ 23 mil , metade de cinco apartamentos no bairro de Vista Alegre, na Zona Norte, no valor de R$ 244 mil, e metade de um terreno em Jacarepaguá, de R$ 61 mil.

Romário abandonou a campanha do ‘eu sozinho’ e ontem foi à Baixada com o petista Lindberg FariasDivulgação

As posses declaradas pelo parlamentar não são humildes se comparadas a maioria dos brasileiros, mas são pequenas perto das cifras que movimentaram sua carreira. Romário recebia cerca de R$ 62 mil quando veio jogar no Flamengo, em 1995, quando era o melhor jogador do mundo e craque da Copa do Mundo do ano anterior. O salário era considerado alto para época, mas é pouco perto do que ganham os grandes craques de hoje, e está longe do que o próprio Romário ainda tem a receber dos clubes por onde passou.

Do time da Gávea, por exemplo, Romário recebeu R$ 5,56 milhões entre 2010 e 2012, quase quatro vezes o total declarado à Justiça Eleitoral. O total devido pelo rubro-negro, porém, pode chegar aos R$ 23 milhões. O Vasco também deve a Romário - tanto que o ex-artilheiro chegou a penhorar os direitos econômicos de jogadores do clube, em 2012.

Ano passado, as partes acordaram pagar R$ 18 milhões a ele em 120 parcelas de R$ 150 mil. Pelo trato, o time de São Januário já teria pago cerca de R$ 900 mil ao parlamentar neste ano, o que equivaleria a 69% do total declarado. O DIA tentou entrar em contato com Romário nesta segunda, enquanto ele estava em campanha na Baixada, ao lado de Lindberg Farias, candidato do PT ao governo do Rio, mas o parlamentar não atendeu às ligações.

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