Por thiago.antunes

Rio - Parte do quadro de médicos e funcionários da unidades públicas de saúde de São João de Meriti está deixando de trabalhar por conta de salários atrasados. Além disso, o Posto de Atendimento Médico (PAM) de Éden apresenta problemas que vão da falta de ar-condicionado a baratas na cozinha do hospital, segundo denúncia de profissionais que trabalham no edifício.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Meriti alegou que “em função das dificuldades enfrentadas pela economia nacional, a União e os estados estão arrecadando menos, diminuindo e atrasando o repasse para os municípios, gerando um descasamento de fluxo”. A secretaria reconheceu que o depósito dos vencimentos não está em dia e explicou que já pagou o salário dos seis mil funcionários que recebem até R$ 2 mil por mês. Os que ganham acima desse valor, segundo o órgão, receberão até quinta-feira.

No PAM de Éden%2C ar-condicionado pegou fogo e ainda não foi trocadoFoto de leitor

“O atraso no repasse acontece em vários municípios. Mas atrasar salário é crime e pode dar cadeia”, disse Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, informando que a entidade ainda não foi procurada oficialmente pelos profissionais de São João de Meriti.

Outros hospitais que estariam com déficit de profissionais são o PAM de Vilar dos Teles, o de Vila São João e a Unidade de Pronto Atendimento de Jardim Íris. A secretaria nega que pacientes tenham deixado de ser antendidos por conta do impasse. De acordo com o órgão, uma equipe vai vistoriar o PAM de Éden e, caso seja constatado que há baratas no local, acionará a empresa responsável pelo serviço.

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