Por paloma.savedra

Rio - A dois anos da Rio 2016, a Autoridade Pública Olímpica (APO) divulgou, na manhã desta terça-feira, a atualização da Matriz de Responsabilidades - documento que trata das atribuições de cada ente para os Jogos Olímpicos. De 52 projetos, 71% já têm contratos assinados e obras em andamento. De acordo com a APO, as 15 obras que ainda não foram licitadas e estão sem orçamento fechado são complementares.

O valor das construções, que se referem exclusivamente a organização e realização dos jogos, agora custam R$ 6,5 bilhões. Desse total, R$ 4,2 bilhões são provenientes da iniciativa privada, e R$ 2,3 bilhões do setor público. A atualização da Matriz de Responsabilidades foi feita em cima dos números divulgados em janeiro, quando apenas 46% dos projetos tinham passado da fase 3, que se refere à licitação. E o custo das obras apontavam R$ 5,6 bilhões.

Uma das principais obras, Parque Olímpico de Deodoro teve avanços na construção, e gastos totais aumentaramReprodução

De acordo com o presidente da APO, general Fernando Azevedo e Silva, não houve aumento no orçamento dos aparelhos olímpicos. O que aconteceu é que com o avanço da Matriz a APO pode saber os valores exatos das construções.

"Em janeiro tínhamos 46% dos projetos licitados e hoje temos 71%, por isso o aumento nessa quantia. Ela já estava prevista, não houve aumento de orçamento. Temos que trabalhar com valores exatos e não com suposições", explicou o general.

Apesar de nem todas as obras estarem licitadas, o presidente da APO defende que não haverá prejuízos para os jogos e destaca as construções que sediarão diversos jogos: "O coração da Olimpíada, que são o Parque Olímpico, a Vila Olímpica e o Complexo de Deodoro, está encaminhado e seguindo bem", afirmou Fernando. 

O presidente da APO admitiu que sua maior preocupação era Deodoro. Porém, como as obras começaram no dia 3 de julho, um mês antes do previsto, a região mudou o status de vermelho para amarelo. As instalações que ainda estão no nível 1 ou 2, que se referem a projetos, não despertam preocupação, de acordo com a APO. Segundo o general, são espaços que precisam ser construídos mais próximos da realização dos jogos e também estruturas de apoio.


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