Por thiago.antunes

Rio - Moradores de Campo Grande, na Zona Oeste, voltaram a pedir a reativação da estação de trem João Ellis, do ramal Santa Cruz da SuperVia, desativada desde a década de 1980. A parada fica entre as estações Campo Grande e Augusto Vasconcellos, distantes uma da outra 2,8 quilômetros. Quem mora na região reclama que têm de percorrer a pé longas distâncias, já que as opções de ônibus também são escassas e não há pontos próximos a nenhuma das duas estações de trem.

Um dos moradores que tentam organizar o movimento pela reforma da Estação João Ellis, o vigilante Antonio Carlos Freitas, de 49 anos, conta que em 2011 um abaixo-assinado com cerca de 3 mil assinaturas foi entregue ao então vice-governador Luiz Fernando Pezão, o que gerou um processo administrativo na Secretaria Estadual de Transportes para avaliação do pedido.

Da antiga Estação João Ellis%2C sobraram as somente as plataformasFoto de leitor

Procurada pelo DIA, a Secretaria informou que o questionamento deveria ser dirigido à concessionária SuperVia. A empresa, no entanto, também não informou se há a revitalização da antiga estação está planejada.

Edson Pontes, de 53 anos, utiliza o trem três vezes por semana, para trabalhar na entrega de placas e faixas em diversos pontos da cidade. Ele mora em frente a extinta parada e conta que leva 30 minutos a pé para qualquer das duas estações. “Lutamos há muito tempo por isso e a plataforma já está ali, não é possível que seja tão difícil assim construir uma bilheteria e uma catraca. Só queremos ter acesso ao trem”, disse Edson.

O professor de Engenharia de Transportes da Uerj, José Guerra, explica que pelo critério da distância, a estação João Ellis é viável. “Existem estações com distâncias inferiores. Para que se construa a estação, no entanto, o governo do estado deve fazer um estudo de demanda na área”, comentou Guerra. O borracheiro Jonas Ferreira, de 38 anos, da Vila São João, é outro que reclama. “É um transtorno! Andar até a Augusto Vasconcellos leva mais de 20 minutos a pé. E, às 5h, tem ainda o risco de assalto.

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