Por thiago.antunes

Rio - Um grupo de seis vereadores protocolou ontem um pedido de investigação contra o deputado federal Rodrigo Bethlem no Ministério Público Federal. A ação é motivada pelas denúncias de corrupção feitas pela ex-mulher de Bethlem, Vanessa Felippe, sobre a atuação do parlamentar quando comandou as secretarias municipais de Ordem Pública, Desenvolvimento Social e Governo.

“É uma representação pedindo que o MPF abra uma investigação”, explicou o vereador Paulo Pinheiro (Psol). A iniciativa é paralela à tentativa de criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Além de Paulo Pinheiro, estiveram presentes os vereadores Eliomar Coelho, Jefferson Moura, também do Psol, acompanhados ainda de Teresa Bergher (PSDB), Brizola Neto (PDT) e Reimont (PT).

Tereza%2C Pinheiro%2C Moura%2C Eliomar%2C Reimont%2C Brizola%2C em frente ao MPFDivulgação

A criação da CPI, porém, encontra resistência de vereadores da base aliada do prefeito. Das 17 assinaturas necessárias, a proposta tinha nove até ontem. O número de assinaturas necessárias subiu de 16 para 17 com a volta de licença da parlamentar Laura Carneiro (PTB).

“Por que o prefeito não libera a sua bancada e dá o exemplo para a sociedade que não teme nada e não deve nada e manda toda a bancada do PMDB assinar a CPI?”, criticou Brizola Neto. No segundo dia de trabalho após o recesso, a Câmara seguiu esvaziada. O quórum não chegou a 17 vereadores, e a sessão acabou cancelada. O presidente da Casa e sogro de Rodrigo Bethlem, Jorge Felippe, segue afastado. Entre os integrantes da base, apenas a vereadora Laura Carneiro subiu à tribuna para defender que as investigações em curso já eram suficientes.

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