Rio - O ataque a policiais da UPP Camarista Méier, que terminou com um homem ferido, três ônibus incendiados, um apedrejado e uma base na Estrada Grajaú-Jacarepaguá atingida a tiros, começou com uma ação de fiscalização eleitoral. Segundo o Comando de Polícia Pacificadora, PMs foram checar denúncias que placas de propaganda do PMDB que tinham referência ao candidato Luiz Fernando Pezão estavam sendo pintadas de preto. O objetivo dos militares era filmar e fotografar o crime eleitoral para denunciar ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o que provocou a reação de traficantes, que atiraram nos PMs.
O comandante-geral da PM, coronel José Luís Castro Menezes, assinou termo de compromisso com o TRE. “Está sendo feito um trabalho em conjunto para não permitir propaganda eleitoral irregular ou abusos. Neste caso, ficou constatado um cerceamento de candidatura. O candidato estava tendo sua campanha e seu material expostos a danos”, explicou o comandante do CPP, coronel Frederico Caldas.
O clima seguia tenso na região do Lins de Vasconcelos nesta quinta-feira, e o policiamento estava reforçado com homens das UPPs Macacos, São João, além de mais efetivo das unidades do Lins e Camarista Méier. A Grajaú-Jacarepaguá ficou fechada das 22h30 de terça às 3h30 da manhã de ontem, segundo informações do Centro de Operações da Prefeitura do Rio. Por medida de segurança, a Secretaria Municipal de Educação informou que uma escola e duas creches no Complexo do Lins não funcionaram no turno da manhã de ontem, o que deixou cerca de 790 alunos sem aulas.
A Rio Ônibus informou que a circulação dos coletivos na Grajaú- Jacarepaguá só foi normalizada totalmente às 7h da manhã desta quinta-feira. No confronto, Rômulo Macedo, de 18 anos, foi baleado na coxa e está internado no Hospital do Andaraí. O estado de saúde dele é estável. O CPP apura as circunstâncias do caso e a 23ª DP (Méier) também investiga.
Susto em novo confronto no Alemão
Novo confronto entre policiais militares e traficantes assustou moradores do Complexo do Alemão ontem à tarde. Segundo o comando das UPPs, uma equipe de militares trocou tiros com bandidos durante patrulhamento nas localidades da Divinéia e do Capão.
Após a fuga dos suspeitos, que estariam fortemente armados, de acordo com um PM que pediu para não ser identificado, buscas foram feitas na região, mas ninguém foi preso. Nesta terça-feira, a PM precisou enviar reforços com 300 militares de outras unidades para o Alemão após uma madrugada de tiroteios. Em nota, a polícia informou que o confronto começou no Largo do Bulufa e se estendeu pelo Beco do Sabino. A ocorrência foi registrada na 45ª DP (Alemão).
