Por felipe.martins

Rio - O Portal dos Procurados lança nesta terça-feira, cartaz com recompensa de R$ 1 mil por cada, por informações que levem a captura dos suspeitos de executar com mais de 50 tiros o sargento da PM do 12º BPM (Niterói), Joílson da Silva Gomes, em fevereiro deste ano. Ele integrava o Patrulhamento Tático Móvel da base do Morro do Caramujo. Todos os acusados são ligados à facção criminosa Comando Vermelho. 

Ele tinha acabado de sair do serviço, por volta das 8h da manhã e dirigia seu carro pela Estrada Velha de Maricá, na altura do Morro do Castro, no bairro Tenente Jardim – na divisa entre os municípios de Niterói e São Gonçalo, seguindo em direção a sua residência, em Santa Rosa, Zona Sul de Niterói, quando foi surpreendido por criminosos que estavam encapuzados e armados de fuzil, e estavam divididos em dois carros. Ele foi executado com mais de 50 tiros de fuzil.

Segunda a perícia, ele não teve tempo de reagir e, foi atingido por disparos de fuzis 762 e AK-47, além disso, levou vários tiros no rosto, de uma pistola calibre 45. Segundo testemunhas, o policial ainda teria sido retirado do veículo pelos criminosos, que foram conferir se realmente ele estava morto, e logo após fugiram do local do crime.

Segundo investigações, o PM foi assassinado porque havia participado de uma incursão para acabar com um baile funk, patrocinado pelo tráfico de drogas da região, em uma favela na Zona Norte de Niterói. Horas após o assassinato do policial militar, um morador da Maré e quatro acusados foram flagrados em um vídeo, que consta da denúncia, comemorando a morte do PM.

Após investigações da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG), os policiais chegaram até aos autores do crime. Entre eles estão os dois indicados como sendo os principais líderes do tráfico de drogas em Niterói. Rodrigo da Silva Rodrigues, o Tineném, e Luiz Cláudio Gomes, o Pão com Ovo. Os dois são apontados como mandantes da execução do militar.

Além deles, são procurados também Alcindo Luiz Fernandes, o Da Cabrita, Edson Batista da Nóbrega, o Pará Canastra, Bruno da Silva Gomes Conceição, o Titio ou BR e Bruno Coelho Santana, o Telhado. Os citados na investigação ainda são suspeitos de planejarem a morte do irmão de Joilson, o também policial militar, Jonas Gomes, que está sob proteção da justiça.

Portal lança cartaz com suspeitos de executar PM com mais de 50 tirosDivulgação

Na manhã do dia 22/08, foi realizada uma operação no Complexo do Caramujo, em Niterói. A ação, realizada pela Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG), em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) tinha como objetivo o cumprimento de mandados de prisão contra os acusados. Pela morte do policial, foram expedidos cinco mandados de prisão, pelo 3ª Vara Criminal de Niterói.

Rodrigo da Silva Rodrigues, o Tineném - chefia o tráfico de drogas no Morro do Caramujo, Fonseca em Niterói. Ele é considerado um dos traficantes mais sanguinário de Niterói, e estaria envolvido em diversos assassinatos na região. Possui três mandados de prisão, e anotações criminais por ameaça, tráfico de drogas, resistência, homicídio, lei de drogas e associação para produção de drogas e condutas afins.

Luiz Cláudio Gomes, o Pão com Ovo - chefia o tráfico de drogas na Favela da Brasília, no Fonseca/Engenhoca em Niterói. Ele também foi acusado de planejar um ataque contra o secretário de Estado de Administração Penitenciária, o coronel da Polícia Militar César Rubens Monteiro de Carvalho. Preso em 2011, Luiz Claudio Gomes, era considerado um dos traficantes mais sanguinários da região. Ele teve sua prisão decretada, pelo assassinato e sequestro de uma estudante de 18 anos, no dia 29 de setembro de 2009, na entrada do Morro dos Marítimos. Possui um mandado de prisão, e 18 anotações criminais por: ocultação de cadáveres, homicídio, tráfico de drogas, ameaça, quadrilha ou bando, sequestro e cárcere privado e porte ilegal de arma de uso restrito. Já teve passagem pelo sistema prisional, onde foi condenado 25 anos de reclusão. Saiu em liberdade em 07/2013.

Alcindo Luiz Fernandes, o Da Cabrita ou Da Batata faz parte do tráfico de drogas que age no Morro do Caramujo em Niterói. Da Cabrita era um dos homens de confiança do traficante Luciano Martiniano da Silva, o Pezão. Um dos principais sequestradores nos anos 90, ele já foi condenado duas vezes por tráfico e ficou preso entre janeiro de 2000 e dezembro de 2008, onde saiu em liberdade. De volta às ruas, à época assumiu o tráfico no vizinho Morro do Adeus, em Ramos, antes do morro ser pacificado. Possui três mandados de prisão, e cinco anotações criminais por: homicídio, extorsão mediante sequestro, tráfico de drogas e porte de arma.

Edson Batista da Nóbrega, o Pará Canastra ou Pará faz parte do tráfico de drogas que no Morro do Caramujo, em Niterói. Evadido do Sistema Penitenciário, ele fugiu do Instituto Penal Vicente Piragibe, que integra o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, no dia 04/02/2014. A fuga foi através de um túnel ligado à tubulação de esgoto do presídio. Possui sete mandados de prisão, e seis anotações por homicídio e tráfico de drogas.

Bruno Gomes da Silva Conceição, o Titio ou BR – faz parte do tráfico de drogas que age no Morro do Caramujo em Niterói. Possui um mandado de prisão, e três anotações por tráfico de drogas, artefato explosivo e homicídio. Já teve passagem pelo sistema prisional entre 2005 e 2011, pelo fato de ter sido condenando a mais de 9 anos, no regime semiaberto.

Bruno Coelho Santana – o Telhado ou Tomate ou Queloide – possui um mandado de prisão pela 1ª Vara Criminal de Niterói e anotações por porte ilegal de arma de fogo, ameaça e lesão corporal. Já teve passagem sistema prisional em 2013.

Todas as informações estão sendo encaminhadas para Delegacia de Homicídios de Niterói - DHNSGI, que está encarregada do caso.

Quem tiver alguma informação a respeito da localização e paradeiro destes criminosos, denuncie, enviando uma mensagem de texto, vídeo ou fotos de onde eles possam estar se escondendo, para o aplicativo de mensagens do Whatsapp do Portal dos Procurados (21) 96802-1650, ou entre em contato com a Central Disque-Denúncia pelo (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177, para quem estiver fora da capital.

O Anonimato é garantido. A Coordenação do Portal dos Procurados, alerta à população para não investigar por conta própria, devendo apenas relatar à polícia a sua suspeita.

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