Por thiago.antunes

Rio - A diretoria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ) e o corpo docente da unidade Duque de Caxias vão realizar na manhã desta quinta-feira, na sede localizada no Maracanã, uma assembleia para discutir medidas que garantam a segurança naquele campus da Baixada. A unidade está fechada desde a semana passada, após o sequestro-relâmpago de um professor no estacionamento da instituição.

Segundo um funcionário que não quis se identificar, a diretora da escola está sofrendo ameaças, e a reitoria estuda a possibilidade de mudar o campus para outro lugar. Diante do sequestro, alunos e professores relutaram em falar com a reportagem do DIA, com medo de represália.

Unidade do IFRJ em Caxias está fechadas desde a semana passadaDivulgação

O clima é tenso na comunidade estudantil. Flavio Lopes, diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ), confirmou a informação de que uma mudança não está descartada: “Eles estão procurando outro espaço para o campus na cidade. Caso não consigam, dizem que se recusam a voltar para lá”, afirmou Lopes.

Os alunos da escola, que é referência em ensino técnico, afirmaram que convivem com o abandono dos arredores. Segundo denúncias de alunos, é possível ver bandidos armados circulando no entorno da sede e o efetivo de policiais não é suficiente. “Não há segurança. É um lugar que muita gente sonha em estudar, mas é perigoso demais. Tenho amigos que estão pensando em estudar em algum lugar mais tranquilo”, disse uma aluna.

Em uma página de rede social, o grêmio estudantil diz que ‘frequentar o campus é um risco de vida para qualquer pessoa’. De acordo com a assessoria da Polícia Civil do Estado, ainda não há informações sobre os suspeitos de cometer o sequestro-relâmpago contra o professor da unidade de ensino.

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