Por daniela.lima

Rio - Um dia da cidadania para muitos cidadãos. Acontece amanhã, na quadra da Escola de Samba Unidos do Jacarezinho, a quinta edição do Citizen Day. O evento, promovido pela L’Oréal, vai marcar também a assinatura da parceria entre a empresa de cosméticos e o Serviço Social da Indústria (Sesi) no projeto ViraVida, na área da beleza.

“Capacitamos jovens que foram vítimas de abuso ou exploração sexual. Oferecemos cursos profissionalizantes em vários ramos e uma oportunidade dessas pessoas serem inseridas na sociedade e no mercado de trabalho”, explica Jair Menegueli, presidente do Conselho Nacional do Sesi.

A ação, que acontece das 13h às 17h, terá entrada gratuita e contará com 500 funcionários, além da presença de Jair Menegueli e do presidente da L’Oréal Brasil, Didier Tisserand. “Na comunidade do Jacarezinho, os voluntários vão participar de atividades como corte de cabelo, esmaltação de unhas, curso expresso de automaquiagem e recreação para crianças”, conta Simone Nogueira, diretora de Comunicação Corporativa da L’Oréal Brasil. Menegueli vai além: “Que mulher não gosta de estar bonita? Com essa parceria, vamos elevar a autoestima dessas pessoas e mostrar que elas podem estudar e trabalhar com os profissionais que estão oferecendo essa oportunidade, em uma grande empresa como a L’Óreal.” 

Conhecido por seu programa de inclusão, o ViraVida está presente em 21 estados brasileiros e já atendeu mais de cinco mil jovens entre 14 e 23 anos. “Se a gente olhar por aí, não existe uma ação como essa, voltada para pessoas que sofrem esse tipo de violência. A população não assume, mas existe um preconceito em torno disso. E a vítima fica envergonhada. O resultado a gente conhece bem: a pessoa se afasta da família, até porque 80 % dos casos acontecem dentro de casa, vai para a rua, tem contato com drogas, com o crime e acaba tendo uma morte prematura. O ViraVida está provando que esses jovens têm talento e inteligência, só precisam de uma oportunidade. Aqui, eles fazem um curso de sua preferência, ganham uma ajuda de custo de R$500 por mês e saem com um emprego em vista”, conta Menegueli, que ainda destaca a história de dois jovens.

“Tem um rapaz, o Daniel, que é de Fortaleza. Ele se qualificou com a gente e hoje é professor de robótica. O garoto é um gênio. Tem também uma menina que entrou este ano no curso de medicina em uma universidade de Salvador. Estamos ajudando a construir o futuro deste país.”

Você pode gostar