Rio - O aluguel de aparelhos de ar-condicionado e a acusação de rombo no valor de R$ 8 milhões aos cofres públicos colocaram Tereza Porto, ex-secretária estadual de Educação, numa gelada. Ela, Júlio Cesar da Hora, ex-subsecretário, o servidor Mauro Ribeiro e a Bellorio Engenharia e Serviços Ltda foram denunciados à Justiça em ação civil pública por ato de improbidade administrativa pela promotora Gláucia Santana, da 6ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania.
O contrato de um ano previa a manutenção dos equipamentos. Mas, para o Ministério Público, o projeto ‘Climatizar’ estimado em até R$ 40 milhões seria mais vantajoso se os ares-condicionados fossem comprados, o que geraria economia de R$ 13 milhões. Apesar da meta de atender 919, com 34 mil aparelhos, sequer as instalações das unidades foram preparadas. Procurada, Tereza Porto não foi localizada.
Alunos no calor
Para o Ministério Público, o rigor passou longe da Secretaria Estadual de Educação para implantar o ‘Climatizar’, em 2009, apesar do alerta feito pela assessoria jurídica da pasta. E mais. Consta na denúncia que, em 2010, seis mil dos 14 mil aparelhos estavam sem funcionamento.
Sem credibilidade
O slogan ‘todo mundo conhece e confia’ da Julio Bogoricin está em baixa. Jorram ações contra a administradora que recolhe o condomínio dos imóveis, mas não repassa ao prédio. Nos juizados e varas cíveis do Rio há 500 ações. Tem gente que foi até registrar queixa na delegacia.
Cliente da Julio Bogoricin há 14 anos, Paulo Cesar Machado descobriu dívida de mais de R$ 11 mil. Ele partiu para a 15ª DP (Gávea) e para o 7º Juizado Especial Cível. Alexandre Dutra, auditor da administradora, diz que houve falha de informática e todos os clientes serão ressarcidos.