Por thiago.antunes

Rio - O médico Otávio Pavan, que chefiava a emergência no último sábado do Hospital de Clínicas São Matheus, em Bangu, na Zona Oeste, quando o aposentado Iclair de Oliveira, de 62 anos, morreu, prestou depoimento nesta quarta-feira na 34ª DP (Bangu). De acordo com os agentes, Pavan teria checado todos os documentos do médico Thiago Mansur Mageski, inclusive o emitido pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), e teria feito sua contratação, na véspera, via internet.

Ainda segundo a polícia, o chefe da emergência publicara um anúncio de vaga para médico no aplicativo WhatsApp para cobrir o plantão das 19h, do último sábado (6); às 7h da manhã, de domingo. Questionado se conheceu pessoalmente Thiago Mageski, Pavan disse que não.

A polícia aguarda o depoimento de Mageski, o médico que deveria estar de plantão. O estudante de Medicina Ademir Pereira Ribeiro, que teria se passado por Mageski, se apresentou à polícia no último domingo. 

A polícia também ouviu nesta quarta o médico identificado como Renan e que estava no plantão, aguardando ser rendido por Mageski. Em depoimento, ele disse que ligou para o colega para confirmar se ele iria rendê-lo. Mageski teria dito que voltava do Município de Tanguá, atrasado, mas que estava a caminho do Hospital de Clínicas São Matheus, em Bangu.

Renan contou que não chegou a conhecer pessoalmente Mageski e afirmou que Ademir Pereira Ribeiro se apresentou como o “doutor Thiago Mageski”. A polícia aguarda o depoimento de enfermeiros e médicos que trabalhavam na noite em que Iclair de Oliveira morreu, após ser atendido pelo falso médico. Ele sentiu dores no peito e falta de ar, em casa. Ao chegar ao hospital, em Bangu, foi atendido por um homem que se apresentou como doutor Thiago, mas os filhos desconfiaram e chamaram a polícia.

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