Por tiago.frederico
Cela foi incendiada durante rebelião WhatsApp O DIA

Rio - Um grupo de cerca de 50 menores infratores, que cumprem pena socioeducativa na Escola João Luiz Alves, na Ilha do Governador, Zona Norte da cidade, realizou um princípio de rebelião, no começo da madrugada deste domingo. Agentes socioeducativos do Degase de outras unidades foram chamados para dar reforço na supervisão dos menores e a Polícia Militar foi acionada.

O motim começou por volta de meia-noite, quando os menores chegaram a atear fogo em objetos, mas foi rapidamente controlado pelos agentes. Funcionários de outras unidades educacionais foram convocados para dar apoio na supervisão.

Os menores envolvidos foram encaminhados para a 37ª DP (Ilha do Governador), onde o caso foi registrado como crime de motim e dano ao patrimônio público. Uma perícia será realizada no local para se ter noção exata dos estragos causados. A Escola João Luiz Alves é um reformatório masculino e possui cerca de 180 menores internados.

Agentes são agredidos nas ruas

Agentes socioeducativos que trabalham com menores infratores dizem estar sofrendo ameaças dos internos. Segundo seus relatos, os adolescentes ficam pouco tempo detidos e voltam para as ruas. Na última sexta-feira, dia 12, um agente foi agredido no Centro do Rio ao ser reconhecido por um grupo de ex-internos. Ele precisou de atendimento médico e registrou queixa na delegacia.

César Mamedio foi agredido por um grupo de ex-internos, próximo ao Tribunal de Justiça, na Avenida Rodrigues Alves. De acordo com a vítima, ele é lotado no Plantão Interinstitucional, setor do Degase que cuida das audiências dos menores infratores na Segunda Vara da Infância e Juventude.

Na sexta-feira pela manhã, quando chegava para trabalhar, César foi surpreendido com golpes e pedradas. Ele foi atendido no Hospital Souza Aguiar e precisou tomar pontos no rosto. O agente registrou queixa na 5ª DP (Mém de Sá).

Agentes alegam que os menores sabem que eles não podem usar armas e por isso os ameaçam nas ruas. Um agente, que preferiu não se identificar, contou que os menores estão amparados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que não leva em consideração a periculosidade. "Eles sabem que andamos desarmados e não temos como nos defender. Além de terem certeza da impunidade e que se pegos, vão sair do internato em pouco tempo", revelou.

César Mamedio foi agredido por um grupo de ex-internos%2C ao ser reconhecido na ruaarquivo pessoal


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