Por karilayn.areias

Rio - Alguns cães são tão especiais que não basta chamá-los de melhor amigo do homem. Eles são verdadeiros heróis de quatro patas que ajudam a salvar muitas vidas. No noticiário, não faltam exemplos de casos de cachorros fora de série, movidos pelo amor incondicional aos seus donos. O heroísmo mais recente aconteceu, há uma semana. A cadela Kiara evitou que uma menina de apenas 10 anos fosse violentada por um maníaco, que invadiu a casa da família em Pilar do Sul, no interior de São Paulo.

A cadela Kiara salvou sua dona%2C uma menina de 10 anos%2C de uma tentativa de estupro%2C no interior de São Paulo%3A as marcas de suas mordidas ajudaram a localizar o agressorDivulgação

Sozinha, a estudante gritou pela cadela que atacou o estuprador. Ele fugiu, mas depois foi capturado pela polícia, por causa das marcas de dentadas que ficaram na sua perna.
Na tentativa de estupro, a menina foi agredida. Ela ficou internada 11 dias. O momento do reencontro das duas foi emocionante. Kiara correu para a rua para receber sua pequena dona, aos pulos e lambidas. “Obrigada por me salvar, Kiara”, agradeceu a garota, que ficou horas abraçada à sua heroína.

Um dos casos mais famosos no Brasil foi o de Catita, uma vira-lata carioca que salvou seus donos, duas crianças, do ataque de um pit bull. Catita acabou perdendo um pedaço da orelha, mas se tornou a heroína da família.

Nos Estados Unidos, o pastor alemão Buddy conseguiu salvar seu dono ao ligar para o serviço de emergência, 911. Ele havia sido treinado para fazer a chamada programada. A polícia rastreou a ligação e enviou alguns oficiais para a casa do dono que sofrera um ataque epiléptico. Graças à astúcia do animal, o homem foi socorrido por médicos.

Um outro pastor americano, Trakr virou celebridade ao ser reconhecido como um dos heróis do 11 de Setembro. O animal cavou 30 metros entre os escombros em solo instável, no World Trade Center até achar o último homem sobrevivente do ataque terrorista, em 2001.

Aventura de Balto foi parar nas telas de cinema

Uma das histórias mais incríveis sobre a coragem e a lealdade canina ocorreu no Alasca, em 1925. Naquela época, uma epidemia de difteria se alastrou entre as crianças da cidade. As tempestades de neve bloquearam todos os acessos ao vilarejo e a entrega de remédios. Dia após dia, o estado das crianças só se agravava. O único jeito para conseguir os medicamentos seria utilizar um trenó puxado por uma matilha de cães liderada por Balto, uma mistura de lobo e husky siberiano.

O condutor Gunnar Kaasen percorreu 1.600 quilômetros para chegar à cidade de Nenana e voltar com as antitoxinas. Balto enfrentou a nevasca e trouxe intacta a caixa de remédios para os doentes.

Ele morreu no dia 14 de março de 1933. Em sua homenagem, foi erguida estátua em Nova York. Em 1995, a aventura de Balto chegou às telas do cinema, encantando pessoas de todas as idades.

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