Por thiago.antunes

Rio - A antecipação da Operação Verão, que no domingo colocou 650 PMs para vigiar a orla da Zona Sul, não impediu a ocorrência de arrastões. Os seguidos casos de furtos, roubos e desacato assustaram os banhistas e resultaram na detenção de 52 pessoas, a maioria menores. Além de não evitar os arrastões, a ação policial foi questionada também pelo uso de bombas de efeito moral em meio a tantas pessoas que estavam na areia.

Os estrondos dos artefatos provocaram muita correria no principal espaço de lazer do carioca. De acordo com informações da Polícia Militar, “a utilização de bomba é para os casos de distúrbios civis, a fim de restabelecer a ordem e garantir a segurança da população”.

Vítimas de arrastões prestaram depoimento na 14ª DP (Leblon). Polícia Militar prendeu 52 suspeitosJoão Laet / Agência O Dia

O coordenador do Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ignacio Cano, acredita que esse tipo de confusão causa muito temor na cidade. Fica a sensação de que o lugar é inseguro. “A polícia não pode fazer muito mais além de investigar se essas ações são planejadas e aumentar o efetivo. É preciso a presença ainda mais intensa de PMs na areia”, opinou o sociólogo.

De acordo com a polícia, o patrulhamento ostensivo contou com homens dos batalhões de Botafogo, Flamengo, Copacabana, Leblon e Ipanema, além do Choque, do Batalhão de Ações com Cães e do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças.

Apesar desse numeroso efetivo policial, alguns banhistas resolveram se defender com as próprias mãos. Na tarde de domingo, um homem foi detido por policiais do 23º BPM e do Batalhão de Choque (BPChq), na altura do Posto 8, em Ipanema, depois de ter sido agredido por um grupo de banhistas que o acusava de furto. O esquema de patrulhamento reforçado do Leme ao Pontal vai continuar sendo colocado em prática até o fim do verão, para evitar brigas, furtos e roubos como os que ocorreram no último fim de semana.

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