Rio - Guardas municipais e ambulantes se envolveram em uma confusão na Rua Uruguaiana, no fim da tarde desta sexta-feira, após um agente intervir em uma discussão entre um casal no camelódromo local. O homem partiu para a luta corporal com o guarda, que sacou uma pistola prateada e efeutou dois disparos, que acabaram ferindo outros dois ambulantes que estavam nas proximidade.
As vítimas foram encaminhadas para o Hospital Municipal Souza Aguiar. Ainda não há informações sobre o estado de saúde delas. Procurada, a Guarda Municipal ainda não se pronunciou sobre o caso. Policiais militares foram acionados e bloquearam a via na altura da Presidente Vargas. Revoltados, os ambulantes planejaram fechar a rua. No entanto, homens do Batalhão de Choque (BPChq) chegaram na região por volta das 18h e, até o momento, não foi registrada movimentação para bloquear o trânsito na região.
Ainda não há informações de presos e nem sobre onde a ocorrência foi registrada. O Centro de Operações informou que o motorista que passa pela região deve optar pela Avenida Passos. O Metrô Rio informou que o acesso ao transporte pela Avenida Presidente Vargas com a Rua Uruguaiana foi fechado às 17h35. Cerca de 30 minutos depois, a Rua Uruguaiana foi liberada parcialmente e o acesso ao metrô reaberto. Um dos diretores do camelódromo, Pablo Rodrigues, afirmou que teve um grande prejuízo com o confronto.
"Perdi mais de R$ 1 mil porque, no momento da confusão, saquearam minha loja. O tumulto começou porque havia um casal discutindo no local e um guarda municipal entrou na conversa para apartar a briga, sendo xingado por eles. Nisso, ele sacou uma arma e efetuou disparos, atingindo duas pessoas que estavam próximas. Todos ali se revoltaram com isso e a confusão tomou conta da Uruguaiana. Partiram pra cima dele, que teve cobertura de outros agentes da Guarda e fugiu. Mais de 10 pessoas foram atingidas por pedradas, jogadas também pelos guardas. Eu já denunciei a Guarda Municipal por uso de violência. Pelo que ouvi, mil pessoas planejam fechar a Presidente Vargas ", disse ele, que possui um comércio de artigos religiosos.
Policial matou camelô em São Paulo
Em ação de combate ao comércio irregular, policiais militares entraram em confronto com camelôs, em São Paulo, na última quinta-feira. A ação foi no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulista. Durante a confusão, um trio de policiais imobilizava um ambulante quando um outro, de nome Carlos Augusto Muniz, tentou puxar o spray de pimenta da mão do policial, que reagiu atirando na cabeça do homem, ele chegou a ser conduzido para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos
A morte do camelô provocou a revolta de colegas do profissional que protestaram bloqueando ruas da região incendiando entulhos. Policias da Força Tática da PM paulista reagiram com bombas de efeito moral. O PM foi indiciado por homicídio doloso - quando há a intenção de matar - e foi conduzido para o Presídio Militar Romão Gomes.
Revolta de camelôs com ação da GM tumultuou o trânsito da Zona Sul na última quarta
Uma confusão entre Guardas Municipais e ambulantes tumultuou o trânsito no Largo do Machado, Zona Sul do Rio. O conflito começou em uma ação de agentes de guardas municipais que começaram a recolher o material de um feirante. Em retaliação, companheiros de trabalho jogaram caixas na rua e atearam fogo.
A Rua do Catete ficou interditada ao trânsito por cerca de meia hora em razão do fogo no meio da pista. De acordo com o Centro de Operações, o trânsito foi liberado por volta das 19h20. Houve grande retenção em razão da confusão na região. O Corpo de Bombeiros esteve no local.
Em nota, a Guarda Municipal alegou que não houve qualquer tipo de conflito entre seus agentes e camelôs nesta quarta. "Guardas municipais da UOP-Catete apreenderam produtos que estavam sendo comercializados por ambulantes não regularizados no Largo do Machado. Além de serem irregulares, os produtos estavam expostos de forma que atrapalhavam a circulação dos pedestres, e cuja presença na calçada fora alvo de reclamações de usuários da região. Durante a apreensão, outros ambulantes irregulares protestaram atirando frutas e legumes contra as viaturas da GM-Rio, mas não houve registro de feridos ou de embates".
O material apreendido foi encaminhado para doação, conforme determina a legislação em caso de produtos perecíveis.