Por thiago.antunes

Rio - Cinco municípios da Região Metropolitana que adotaram a leitura biométrica para evitar fraudes no sistema de gratuidade em ônibus podem ser obrigados a retirar os aparelhos. O Procon Estadual entrou na Justiça contra sete empresas de transporte público das cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá. A leitura da impressão digital é considerada ineficaz pelo órgão público, pois atrasa a viagem, uma vez que o sistema de leitura biométrica nem sempre funciona direito.

Ainda de acordo com o Procon, no caso dos idosos, o direito à viagem gratuita nos coletivos é garantida por lei, sendo apenas exigida a apresentação de um documento oficial com foto, que comprove a idade do usuário. Segundo órgão, submeter o cliente com idade acima dos 65 anos ao método seria uma medida exacerbada e constrangedora.

Para o presidente da Associação de Defesa dos Usuários de Transportes (Adut), Marcelo Santos, a operação com biometria atrapalha a todos e coloca os passageiros em risco. “É um absurdo. A leitura não é tão simples e, seja idoso ou estudante, podem até cair ao ficarem na fila para passar na roleta. Há muitos condutores que arrancam com o veículo, de portas abertas, sem que todos tenham passado. Está demorando para alguém perder o equilíbrio e parar no vidro dianteiro”, opinou.

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