Rio - O processo para que o histórico bondinho de Santa Teresa volte a circular continua causando revolta nos moradores do bairro por conta de atrasos. Conforme o DIA noticiou, em 27 de agosto, o governo estabeleceu um prazo de 30 dias para a conclusão dos testes para que o primeiro dos novos bondes começasse a circular no trecho de trilhos já instalado, de cerca de um quilômetro. Entretanto, após a data estabelecida, ainda não há previsão de conclusão desta primeira fase de avaliações do veículo.
GALERIA: Bondinho de Santa Teresa passa por testes
Segundo a Secretaria da Casa Civil do Estado, ao contrário do que foi previsto, o prazo de um mês não foi suficiente para que fossem realizadas todas as avaliações de segurança, incluindo testes de rampa e estáticos. A secretaria esclareceu que os bondes só voltarão a circular quando estiverem totalmente seguros. O veículo está sendo testado na Rua Joaquim Murtinho e esta semana começarão os testes nos Arcos da Lapa.
O diretor da AMAST (Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa), Jacques Schwarzstein, criticou os atrasos no cronograma. “As obras no trilho estão tão atrasadas que, no momento, não tem nem trilho suficiente para testar o bonde direito. Enquanto isso, a gente sofre com os descasos de uma obra absolutamente desorganizada”, disse.
A psicóloga Beatriz Tozzi, 27 anos, reclamou da falta de transparência. “Eles aparecem, dão um prazo que não é cumprido e ficamos sem satisfação. É um absurdo. O morador de Santa Teresa tem uma relação afetiva com o bonde”, disse.
Embora a previsão inicial fosse de que em março de 2014 o sistema já estivesse em operação, a tempo da Copa do Mundo, a Casa Civil informou, no fim do mês passado, que todo o sistema de bondes estará concluído apenas em dezembro de 2015. Este atraso foi justificado pelo subsecretário da Casa Civil, Rodrigo Vieira, por conta da realização da troca de sistemas de água, gás e drenagem para atender aos moradores do bairro.