Por thiago.antunes

Rio - Criada no ano passado pela prefeitura e entregue ao PSL — que apoiou a reeleição de Eduardo Paes —, a Coordenadoria Especial da Infância (CEI) é um bom exemplo de como funciona a política por aqui. O órgão, que não exerce qualquer função executiva, abriga 18 funcionários ligados ao partido.

A CEI deveria, entre outras funções, “promover ações” que garantissem acesso de crianças a direitos sociais. Mas o presidente do PSL-RJ, Antonio Manoel de Souza, o Tunico, diz que à CEI cabe apenas “prestar assessoria”.

Salão de beleza

Tunico se afastou da coordenação da CEI para disputar vaga de deputado. Como não foi eleito, deverá retomar o cargo. Sua substituta é a companheira de partido Rachel dos Santos Correia. Para seu lugar, ela indicou Mariana Barreto Bispo, dona de salão de beleza.

Outros assessores

Gracyrleide dos Santos Messias, tia de Rachel, e cabos eleitorais do PSL estão entre os assessores da CEI.

‘Peso político’

Tunico diz que, como coordenador, orientava pessoas, muitas delas moradoras em áreas pobres, a apresentar projetos à prefeitura. “Sou mesmo um assessor. Mas como sou seboso e tenho peso político, dou peso ao cargo”, afirma.

Os aliados

A mulher e a filha de Tunico têm cargos, respectivamente, no gabinete do senador Francisco Dornelles e na Assembleia Legislativa. No Facebook, o dirigente do PSL-RJ postou fotos e vídeos de eventos desta campanha em que aparece ao lado de Pezão, Jorge Picciani e Aécio Neves.

Custos não revelados

A Secretaria de Governo não revelou o gasto da prefeitura com a CEI e seus funcionários. Disse que Tunico teve autonomia para escolher assessores.

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