Por paloma.savedra

Rio - O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, comentou nesta sexta-feira o fechamento da Linha Vermelha, na noite desta quinta, após um tiroteio no Complexo da Maré. A via ficou interditada por meia hora devido a um protesto de moradores do conjunto de favelas, revoltados com o confronto entre policiais e criminosos. Antes da manifestação, motoristas que circulavam pelo local se assustaram com os disparos e houve pânico. 

Durante velório da delegada Tatiene Damaris%2C Beltrame comentou a ação de traficantes na Maré e o fechamento da Linha Vermelha%2C nesta quinta-feiraFabio Gonçalves / Agência O Dia

Apesar de afirmar que o setor de segurança trabalha para prevenir fatos como esse, o secretário admitiu que ontem "não foi possível". Beltrame disse ainda que a ação foi da facção criminosa Comando Vermelho, que "acuada na Maré", busca sustentáculos para pode atuar.

"O que aconteceu na Linha Vermelha era muito mais comum há oito anos. Nunca vamos poder garantir uma cidade totalmente segura e limpa. O que podemos fazer é tentar antecipar. E felizmente a gente mantem um acompanhamento para antecipar fatos. Ontem isso não foi possível, e já fizemos bastante coisa", declarou Beltrame, durante o velório da delegada Tatiene Damaris - morta em casa, na quinta-feira -, nesta manhã. 

Beltrame também foi questionado sobre os ataques à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Lins, na ultima quarta-feira, o que considerou um "fato isolado". "Naquele local, encontramos muita resistência, mas não vamos ceder. É um grupo pequeno que consegue mobilizar a comunidade, e ela se sente refém disso. Esse paradigma tem que ser mudado", argumentou. 

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