Por bianca.lobianco

Rio - O início das tardes de sábado na Rua do Rezende, no Centro, têm sempre o mesmo cenário. Enquanto feirantes recolhem suas barracas, agentes da Comlurb se esforçam para retirar a grande quantidade de lixo orgânico que fica pelo chão. “Dá para sentir o cheiro lá do meu apartamento”, contou Jane Loureiro, de 50 anos. No entanto, a partir de segunda-feira, o Programa Lixo Zero promete uma xepa mais limpa.

Rua do Rezende%3A feira de sábado faz muita sujeiraPaulo Araújo / Agência O Dia

Já nesta semana, fiscais vão distribuir folhetos de conscientização aos feirantes nas zonas Sul e Norte. As multas começarão a ser aplicadas semana que vem. Segundo a Comlurb, a ação de conscientização servirá para alertar que cada comerciante é responsável pelo armazenamento do lixo de sua barraca.

Os resíduos devem ser colocados em sacos para facilitar o trabalho dos garis, que começam a limpeza a partir das 13h, hora limite para o funcionamento das feiras. A fiscalização será ao meio-dia.

Enquanto terminava de arrumar os últimos legumes à venda, o feirante Eduardo Oliveira, de 33 anos, opinou sobre a ação. “Já faço a minha parte e acho que todos deveriam. É bom trabalhar em um local mais limpo”, afirmou. Já a feirante Elizabeth Fonseca, de 55 anos, fez uma cobrança: “Se a prefeitura vai fiscalizar, poderia oferecer mais estrutura para o feirante.”

Desde o início do Lixo Zero, em agosto do ano passado, até a última sexta-feira, 68.477 pessoas foram multadas por jogar lixo nas ruas. Para os feirantes, por serem considerados geradores de grande volume de lixo, a multa pode atingir R$ 3,4 mil. “Já me acostumei , mas não é mole, muita sujeira. Espero que essa fiscalização facilite o nosso serviço”, disse a gari Ester Pacheco, de 28 anos.

Reportagem Lucas Gayoso

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