Rio - Ao centrar fogo na ligação de Marcelo Crivella com a Igreja Universal do Reino de Deus, Pezão (PMDB) fez uma opção baseada em números: os eleitores católicos do estado, segundo o Ibope, representam 48% do total, quase a metade dos que irão hoje às urnas.
Para os peemedebistas, valeria correr o risco de perder algum apoio entre os evangélicos em troca da criação de uma barreira entre Crivella e os católicos. A pesquisa do instituto divulgada na última quinta-feira indica que a estratégia parece funcionar.
30 pontos
A pesquisa indicou uma vantagem de nove pontos entre Pezão e Crivella, mas, entre os católicos a diferença era de 30 pontos: 57% a 27%. Já 55% dos evangélicos disseram preferir o candidato do PRB, contra 31% que preferiam o do PMDB.
Rejeição
Entre os católicos, a rejeição de Crivella chegava a 46%; a de Pezão, a 23%.
Fone de urna
Pais de alunos da Escola Britânica (mensalidade de R$ 3,5 mil) fizeram corrente via WhatsApp. Sugeriam que amigos ligassem para desconhecidos, moradores do Nordeste, e pedissem para eles não votarem em Dilma. Diziam que telefones podiam ser obtidos no site da Telelistas. Outra mensagem frisava que empregados domésticos também deveriam ser alvo da campanha.