Por thiago.antunes

Rio - O clima continuou tenso nesta quarta-feira na Mangueira. Um protesto de moradores terminou em confronto com a Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral para dispersar o grupo. O tumulto começou logo após o enterro de Caio Martins Ferreira, de 17 anos, morto na noite de terça-feira, durante um ataque de criminosos à comunidade. O adolescente foi sepultado no Cemitério do Caju.

Após a ação da PM, manifestantes foram se abrigar no antigo Prédio do IBGE. A polícia flagrou grande quantidade de drogas no interior do imóvel. Foram apreendidos 150 sacolés de maconha, 500 pedras de crack, 800 papelotes de cocaína e seis frascos de cheirinho da loló. Antes da apreensão,revoltados com a morte do jovem, manifestantes atiraram pedras contra policiais e tentaram fechar uma avenida. Muitos motoristas que passavam no momento da confusão se desesperaram e deram ré para fugir do local.

Na ação de terça, segundo policiais da Unidade de Polícia Pacificadora, quatro homens armados saíram de uma mata perto da Quinta da Boa Vista, por volta das 20h. De acordo com o relato de testemunhas, eles invadiram um local conhecido como Campo da Pedreira, onde um grupo de amigos jogava futebol, fizeram vários disparos e fugiram.

Leandro de Oliveira Neves, de 32 anos, levou tiros nas duas pernas, sofreu fratura exposta em um dos pés e está internado no Hospital Souza Aguiar. Rodrigo Miranda de Oliveira, 29, e uma criança de 5 anos também foram levados para o hospital, mas já tiveram alta e estão em casa. Caio Martins Ferreira morreu na hora. Horas após o ataque, dois ônibus foram incendiados nas ruas Visconde de Niterói e São Francisco Xavier.

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