Rio - Na 36ª edição do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, a repórter Juliana Dal Piva, de O DIA, recebeu menção honrosa. A cerimônia de premiação foi realizada na noite de quarta-feira, em São Paulo. O jornal concorreu com a série de reportagens “As confissões do coronel Malhães”.
A entrega da menção honrosa aconteceu no Teatro da Pontifícia Universidade Católica (PUC), o Tuca. “É uma honra e uma responsabilidade receber um prêmio que carrega o nome do jornalista Vladimir Herzog. Estou muito emocionada”, disse Juliana Dal Piva, logo depois da cerimônia.
Os bastidores da tortura durante o regime militar foram o tema do trabalho. Em uma das reportagens, o ex-coronel Paulo Malhães confirmou que participou da ação para desenterrar os ossos do deputado federal cassado Rubens Paiva, desaparecido em 1971. O político sumiu depois de ser torturado em quartéis militares. Seu corpo ainda não apareceu. Rubens Paiva (in memoriam) e Sandra Passarinho, da Rede Globo, foram os homenageados da noite.
A 36ª edição do Prêmio, teve 503 projetos inscritos em oito categorias, mais que no ano anterior, quando foram inscritas 443 matérias. A iniciativa de premiar as melhores matérias do Brasil no tema Direitos Humanos é do Instituto Vladimir Herzog, Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, Federação Nacional dos Jornalistas e Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), entre outras entidades.
Nesta edição, os organizadores decidiram conceder premiação diferenciada à reportagem "A Sentença – 35 Anos”, da GloboNews, produzida pelo jornalista Cláudio Renato e equipe. O trabalho ganhou a condição de “Hors Concours” ao tratar da sentença em que a União foi condenada pela tortura e morte do jornalista Vladimir Herzog.
Na categoria “Jornal”, o prêmio principal foi concedido à matéria "Sangue Político", de Leonêncio Nossa, d’O Estado de S. Paulo. O trabalho “Mapa da Ditadura em Brasília", de Ana Pompeu (Correio Brasiliense), também teve menção honrosa.
