Por paloma.savedra

Rio - O coronel da Polícia Militar, Alberto Pinheiro Neto, assumirá o comando da corporação, no dia 2 de janeiro. Pinheiro Neto era um dos mais cotados pelo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, para assumir o cargo. Em coletiva realizada nesta manhã, Beltrame, confirmou a troca, após a exoneração do comandante-geral da PM, coronel José Luís Castro Menezes, nesta quinta-feira. O coronel Ibis Silva ocupará interinamente o cargo, até a data. 

Durante entrevista coletiva nesta sexta-feira%2C o secretário de Segurança%2C José Mariano Beltrame%2C reconheceu que os recentes escândalos abalaram a Polícia MilitarBruno de Lima / Agência O Dia

Com a entrada de Pinheiro Neto, Ibis será chefe de gabinete do novo comandante-geral da PM. "Conhecemos o perfil administrativo e operacional dele (Pinheiro Neto). É um nome que sempre interessou. Ele terá autonomia, carta branca para realizar mudanças de comando e ditar as regras na PM", declarou Beltrame. Já o delegado Fernando Veloso permanecerá no cargo de chefe da Polícia Civil do Rio. 

Com gestão marcada por escândalos, coronel José Luis Castro é exonerado

A entrada de Pinheiro Neto vem em um momento de crise na corporação, envolvida em diversos escândalos, como a denúncia de diversos oficiais e a prisão do terceiro homem na hierarquia da corporação, coronel Alexandre Fontenelle — suspeito de comandar um esquema de propina há anos, segundo o Ministério Público (MP). O caso respingou na cúpula, que segue sendo investigada, depois que subordinados, em delações premiadas ao MP, disseram que o Estado-Maior da PM recebia parte do dinheiro arrecadado nos crimes.

Promovido a coronel em agosto de 2009, Pinheiro Neto teve papel relevante na estratégia operacional da ocupação do Complexo do AlemãoEstefan Radovicz / Agência O Dia

"O momento é ideal para mudança. E para mim, o novo mandato do governador Luiz Fernando Pezão começou no momento da reeleição", afirmou o secretário, admitindo ainda que os recentes escândalos envolvendo policiais militares abalaram a corporação. Beltrame, no entanto, disse não ter nada a dizer sobre a índole de Luís Castro. 



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