Rio de Janeiro - O Ministério do Trabalho decidiu embargar nesta terça-feira as obras do BRT Transoeste, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os auditores fiscais que vistoriaram o local encontraram diversas irregularidades que poderiam expor a acidentes funcionários da empresa contratada e até mesmo motoristas que trafegam na região.
Segundo os auditores-fiscais, foram encontradas falta de barreiras resistentes nos canteiros, evidenciando a exposição ao risco de acidentes com os veículos da avenida; precário tampamento das aberturas de galerias e escavações; máquinas em condições precárias, com ausência de retrovisor e isolamento físico, térmico e sonoro, capacidade insuficiente de refeitórios e de equipamentos de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como óculos, coletes reflexivos, touca árabe e máscara facial.
Localizadas na Avenida das Américas, as frentes de obras reúnem, segundo a empresa EIT Engenharia, responsável pelo empreendimento, mais de cem trabalhadores, tendo o prazo de término definido para janeiro de 2016.
Segundo Elaine Castilho, uma das auditoras, "não foi aprovado um efetivo canteiro central. Com isso, os gestores da obra são obrigados a montar pequenas frentes de trabalho ao longo da via. Isso tem gerado graves problemas," afirmou. "É uma obra longa e muito complexa. Estou há um mês vistoriando e ainda não vi um engenheiro de segurança do trabalho", completou.
De acordo com o também auditor-fiscal, Serafim da Silva, as conseqüências devem ser arcadas pelos executores. "A empresa criou o risco para o trabalhador ao colocá-lo nessa atividade, então ela tem que promover medidas para garantir a segurança no canteiro."
A reportagem do DIA procurou a Secretaria Municipal de Obras que informou que a responsabilidade é apenas da empresa contratada para a execução da obra, a EIT Engenharia. Ninguém da EIT foi encontrado para comentar o embargo.
