Por thiago.antunes

Rio - Parentes de Priscila Prudêncio Gomes de Souza, de 17 anos, morta com um tiro no peito na noite de segunda-feira na favela de Santa Lúcia, em Imbariê, Duque de Caxias, acusam policiais do 15º BPM pelo disparo. O comandante do batalhão, tenente-coronel Ranulfo Brandão, nega e acusa traficantes pela morte da jovem.

Agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense investigam de onde partiu o tiro. Eles procuram testemunhas para identificar os autores do crime e um inquérito para apurar o homicídio já foi instaurado. O pai de Priscila, o segurança Eduardo Gomes de Souza, de 50 anos, disse que vizinhos contaram que a polícia chegou atirando e atingiu sua filha. “Acredito que ela foi morta pela arma de um policial, mas quero descobrir a verdade, pois a justiça deve ser feita, embora minha filha não esteja mais viva”, afirmou, emocionado.

Priscila (centro) morreu com tiro no peitoDivulgação

A mãe de Priscila, a diarista Ângela Maria, 43, também aponta policiais como autores do disparo. “Estão tentando encobrir fatos. Não tinha bandido na rua. Acabaram com o sonho que ela tinha de ser marinheira”, contou.

De acordo com o comandante, a jovem pode ter sido confundida como um traficante rival. “Estava escuro, pouca iluminação, e ela passou por um valão onde havia boca-de-fumo. Pelo relato de moradores, atiraram achando que se tratava de traficante de facção rival”, argumentou. Ainda segundo ele, somente ontem de manhã o batalhão fez operação na favela.

Três suspeitos foram presos. Drogas e munição foram apreendidas. Priscila foi baleada por volta das 19h30, na Rua Bernardino João. Estava acompanhada da irmã Letícia, de 18 anos, e de uma sobrinha de 2 anos quando foram surpreendidas pelo tiroteio. Segundo parentes, as três estavam indo lanchar em Piabetá. A jovem será enterrada às 15h desta quarta-feira no Cemitério do Caju, no Rio.

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