Por nicolas.satriano

Rio - O subsecretário de Defesa Civil, Márcio Motta, afirmou que a cortina de fumaça ainda vista nesta tarde no supermercado atacadista Assaí, em Campinho, Zona Oeste do Rio, que pegou fogo na manhã desta quinta-feira, deve-se às chamas em escombros. Segundo Motta, o incêndio está controlado. Ele também informou que oito edificações foram interditadas pela Defesa Civil porque ameaçam ruir e duas delas foram condenadas pelo orgão. O Corpo de Bombeiros segue, nesta tarde, trabalhando no controle das chamas. 

GALERIA: Veja aqui mais fotos do incêndio

Ação dos bombeiros deve continuar durante a tarde desta quinta-feiraSeverino Silva / Agência O Dia

Mais cedo, também de acordo com informação dada pelo subsecretário, que acompanhou o trabalho dos bombeiros e agentes da Defesa Civil, a situação chegou a ser crítica.

"Estamos avaliando a situação do entorno e dando satisfações aos moradores", disse o subsecretário.

De acordo com um funcionário do mercado, mais da metade do estabelecimento foi atingido e ainda não houve registro de diminuição das chamas. A Polícia Militar tenta fazer um cerco para evitar que curiosos se aproximem do local do incêndio e famílias que moram próximas ao supermercado foram evacuadas de suas casas.

Incêndio atinge supermercado atacadista no Campinho

Grande volume de fumaça assustou moradores

O taxista Sérgio Maicon de Souza, de 36 anos, levou um susto quando acordou. "Quando acordei, senti que estava intoxicado com a fumaça, só levantei com a vizinha me chamando para tirar meu táxi para passagem do caminhão dos bombeiros. Não sei o que está acontecendo direito e nem sei o que poderia acontecer se não tivesse me chamado", contou o morador.

Um idoso de 94 anos, conhecido como Seu Jair, também estava em casa, próximo à parte de trás do mercado, no momento do incêndio e não tinha se dado conta das chamas. "Eu estava socando alho, quando vieram me chamar falando desse incêndio", contou o idoso. Apesar do susto, Seu Jair foi retirado de sua casa e não se feriu.

Moradores do entorno precisaram deixar suas casas por conta das chamasSeverino Silva / Agência O Dia

Apesar da utilização de escadas magirus, os bombeiros encontram muitas dificuldades para combater as chamas. Devido a risco de explosões, os moradores da Rua Alaíde, localizada na parte de trás do estabelecimento, também foram evacuados de suas casas e a distribuição de energia da rua foi interrompida.

Segundo a Light, para que os equipamentos não sejam super aquecidos com o calor do incêndio, um trecho da Rua Alaíde e de ruas próximas tiveram a transmissão de energia interrompida. Agentes da empresa estão no local e não há previsão sobre a volta total da distribuição de energia.

Os moradores relataram que a dois meses atrás, o mesmo mercado atacadista registrou um pequeno foco de incêndio, que não foi muito divulgado. Houve boatos também que o estabelecimento seria fechado por questões de segurança.

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