Por paloma.savedra
Rio - O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, voltou a afirmar nesta segunda-feira que a morte de policiais de UPP e do cabo do Exército Michel Mikami - que participava da pacificação da Maré -, 21 anos, terá respostas. Pezão garantiu ainda que a Segurança Pública está trabalhando nesse sentido, e prometeu que "prisões estão prestes a acontecer". 
A declaração foi feita após a formatura de novos aspirantes a oficiais da PM, nesta manhã, na Academia de Polícia Militar Dom João VI, em Sulacap. Após a formatura, a cúpula da Segurança Pública se reuniu para discutir os recentes ataques aos militares. 
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"Não vamos sair da rua. A cada PM morto vamos por mais policiais para continuar a combater a criminalidade', disse o governador. 
Pezão e Beltrame participaram de formatura de policiais e prometeram uma resposta aos ataques a militaresSeverino Silva

Em seu discurso durante a formatura dos policiais, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, destacou a política de combate à criminalidade, garantindo ainda ter o apoio da sociedade: "Nosso programa de enfrentamento é bem recebido. E o reflexo disso é a votação nas áreas de UPP, pois 74% de votos dessas regiões foram direcionados ao nosso governador", disse. 

Ele disse ainda que os ataques aos militares são para "desmoralizar o trabalho da secretaria". Beltrame também criticou o que chama de 'falta de vontade política" com a segurança: "Hoje enfrentamos problemas ocasionados pelo descaso de anos. Estamos cansados de prender pessoas e vemos que o político não quer entrar neste problema", argumentou. 
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Pezão lembrou também da reunião que teve com o ministro da Defesa, José Eduardo Cardoso, para pedir auxílio das tropas federais nas operações no estado. Algumas delas serão com o contigente do Exército. O auxílio ainda está sendo estudado.
Cúpula da segurança se reúne
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Logo após a formatura, Beltrame se reuniu com o chefe da Polícia Civil, o delegado Fernando Veloso, e com o comandante da Polícia Militar, coronel Ibis Silva. O secretário afirmou que as duas polícias estão trabalhando juntas para identificar os criminosos, porém, não quis adiantar mais ifnromações.
"Foi uma reunião estratégica com informações de inteligência de algumas áreas que temos que checar", disse Beltrame, que descartou a possbilidade de as mortes dos policiais terem sido orquestradas por traficantes: "Não há comandamento seja de presídio ou facção criminosa. Não há nenhum mecanismo de inteligência que tenha essa informação". 
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Bando de TH suspeito de matar cabo do Exército
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O inquérito aberto para apurar a morte do cabo do Exército Michel Mikami, 21 anos, aponta que os autores dos disparos são ligados a um traficante identificado apenas como TH. Um dos homens fortes de Marcelo Santos das Dores, o Menor P, TH já foi responsável pelo comércio de drogas no Morro do Timbau.
O militar foi baleado na cabeça durante confronto com criminosos no Complexo da Maré na sexta-feira. A Força de Pacificação informou que diligências são executadas no local para capturar os criminosos. Devido aos recorrentes conflitos na Maré, o governador Luiz Fernando Pezão também pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a permanência da Força de Pacificação no local. A ideia é que a Força continue ocupando a região até que novos PMs se formem no Rio.
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