Por marcello.victor
Rio - O vereador de São João de Meriti, Giovani Leite de Abreu, de 39 anos, conhecido como Giovani Ratinho, do Pros, foi atacado a tiros na porta de sua casa, no bairro Vila Rosali, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, na noite desta segunda-feira. Ele fugiu dos disparos correndo. A mulher dele nada sofreu. Há nove dias, o prefeito de Mesquita, Rogelson Santos Fontoura, o Gelsinho Guerreiro (PSC), também foi atacado a tiros quando chegava em casa, em Nova Iguaçu, na mesma região.
Vereador Giovani Leite de Abreu%2C de 39 anos%2C mostra arranhão no braçoOswaldo Praddo / Agência O DIA

De acordo com Giovani Ratinho, ele tinha saído de casa com a mulher, por volta das 21h, para fazer um depósito em uma agência bancária no Centro de São João de Meriti. Cerca de meia hora depois, o casal voltou para casa, na Rua Darci Vargas. Eles desenrolavam a lona da picape branca do vereador quando um homem desceu da porta do carona de um Celta preto e começou a atirar contra Giovani. Ele contou que fugiu dos tiros correndo por cerca de 100 metros em ziguezague e se escondeu na casa de um dos vizinhos. Ele afirmou não possuir inimigos e desconhece quem poderia querer matá-lo.

"Não tenho problema com ninguém. Estou sempre a disposição desse povo de São João de Meriti. Acordo cedo, vou na padaria, chego tarde em casa. Ando na rua normalmente. Não tenho seguranças", disse Giovani Ratinho, líder do Pros na Câmara de Vereadores do município.
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Ele sofreu apenas um arranhão no braço. A esposa dele desmaiou após o incidente. O filho do casal, que completou 18 anos neste domingo, assistiu toda a ação da sacada da casa. Um tiro atingiu um pneu e outro o para-lama da picape. Um disparo também atingiu o portão de uma vizinha. A Polícia Civil realizou uma perícia no local do atentado. O caso está sendo registrado na 64ª DP (São João de Meriti).
Giovani Ratinho também não atribui a questões políticas o ataque sofrido na segunda-feira. Para ele, a invasão de bandidos na região devido a implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio e a falta de quantitativo da PM são aspectos para o aumento da violência na região.
Giovani Leite de Abreu%2C de 39 anos%2C mostra marca de tiro na paredeOswaldo Praddo / Agência O DIA

"Todos os vereadores são meus amigos, estiveram na delegacia me apoiando. Não acredito em crime relacionado a política. Moro há 20 anos neste imóvel. O problema é que a Baixada está sendo muito assediada por vagabundos e o contingente da PM é baixo na região", avaliou Giovani Ratinho, que também é empresário do ramo de reboques.

Prefeito também foi atacado

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Na noite do dia 23 de novembro, o prefeito Gelsinho Guerreiro chegava em casa, na Rua Mucuripe, no bairro Califórnia, quando criminosos passaram atirando tentando atingi-lo. Ninguém ficou ferido. O dele, um Kia Sportage branco, ficou com o viro traseiro quebrado e um buraco de bala na porta dianteira direita.
Na ocasião, o prefeito disse que o crime poderia ter relação com o filho do vice-prefeito Renato Paixão. Segundo Gelsinho, ele vinha postando há meses material contra ele na redes sociais. "Com certeza foi crime político", afirmou.