Por paloma.savedra
Rio - Vinte e seis mil mercadorias falsificadas foram apreendidas e 113 vendedores foram detidos na megaoperação realizada ontem pela Polícia Civil para combater a pirataria em todo o estado. Uma loja de distribuição de rolamentos, em Nova Iguaçu, foi fechada durante a tarde pela polícia, acusada de vender equipamentos automotivos e industriais falsificados. De acordo com Valéria Aragão, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), o local era usado como distribuidor e depósito desses produtos.
A especializada que coordenou ação - envolvendo mais de mil policiais de 180 delegacias -, estima que o prejuízo aos comerciantes é de R$ 1 milhão. Segundo a polícia, os rolamentos falsos podem causar explosões, além de ser um atentado à segurança do trabalho.
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A operação foi realizada para marcar o Dia Nacional de Combate à Pirataria, comemorado nesta terça-feira. O foco da ação foi identificar locais de produção, distribuição e venda, principalmente, de calçados. Os detidos vão responder por crime de violação de direitos à propriedade industrial, cuja pena varia de um a três meses de prisão.
Agente carrega parte do material apreendido em megaoperaçãoFabio Gonçalves / Agência O Dia

Na manhã de ontem, grande parte dos donos de boxes do Camelódromo da Uruguaiana decidiu fechar as portas após a chegada de agentes. A ação começou na véspera - na segunda-feira. Segundo a delegada Valéria Aragão, da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIm), 2.500 pares de tênis falsificados foram apreendidos na Uruguaiana, segunda-feira.

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Segundo Valéria Aragão, a pirataria chega a movimentar mais dinheiro do que o tráfico de drogas. Ela citou que há pesquisas que mostram que mais da metade dos brasileiros já consumiu produtos falsificados por conta do valor mais baixo.
“Pirataria é problema de segurança pública e é o crime que mais cresce no Brasil”, declarou ela, lembrando que poucos compradores se preocupam com os riscos aos quais estão submetidos com o consumo desses itens. Ela exemplifica que um tênis falsificado pode causar problemas de saúde como lesões na coluna e nas articulações.
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Ideia é conscientizar
Para Valéria Aragão, o grande objetivo da ação é conscientizar a população. “Essa operação não foi apenas para reprimir, mas também para conscientizar a população dos perigos de usar produtos falsificados”. De acordo com diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), André Drummond, todos as delegacias do estado participaram simultaneamente da operação.
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Na Região Metropolitana, cada unidade cumpriu mandados de busca e apreensão e checou informações nas suas áreas de atuação. Ele frisou que a ação começou um dia antes do Dia Nacional de Combate à Pirataria porque quem comete esse crime já espera ações policiais nessas datas.
Pesquisa da Fecomércio/RJ mostrou que o consumo de produtos piratas no Brasil diminuiu pelo terceiro ano consecutivo. De acordo com o levantamento, 27,9% dos brasileiros (cerca de 40,4 milhões) afirmam comprar itens falsificados.
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