Por thiago.antunes
Rio - O BRT Transbrasil deverá começar a funcionar, no trecho entre o acesso à Ilha do Fundão e o Centro, até à Olimpíada, em junho de 2016. A informação é do presidente da Fetranspor, Lélis Marcos Teixeira, que representa as empresas que fazem parte do consórcio que opera o sistema BRT do Rio. As obras do primeiro lote do Transbrasil começaram no mês passado, na área onde será construído o viaduto que fará a ligação do novo corredor com o Transcarioca, já em operação.
De acordo com Teixeira, o BRT poderá começar a funcionar antes mesmo da conclusão das obras de toda a extensão do quarto corredor . “O cronograma da prefeitura está em dia e acreditamos que até 2016, já poderemos operar do Fundão ao Centro, nas proximidades da Candelária. As obras até Deodoro continuariam em andamento e o restante do corredor começaria a funcionar até 2017”, prevê Teixeira.
Traçado da TransbrasilArte%3A O Dia

A construção do Transbrasil foi dividida em dois lotes. O primeiro, do Caju a Deodoro, com 23 quilômetros, está sendo feito por um grupo de construtoras que venceram a licitação da prefeitura. A Secretaria Municipal de Obras confirma apenas que o prazo para entrega deste lote é até o fim de 2016. O segundo lote, de nove quilômetros, vai do Caju ao Centro, passando pela Zona Portuária, com um terminal próximo à Cinelândia. A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), responsável pela construção deste trecho, informou que, em breve, vai divulgar a data de início das obras, mas não confirmou prazos de conclusão.

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O presidente da Fetranspor lembrou que a integração entre o Transcarioca e Transbrasil, na Avenida Brasil e na altura do acesso à Ilha do Fundão, poderá ser feita sem troca de veículo, já que ônibus podem circular pelos dois corredores. Será possível, por exemplo, que os operadores façam uma linha direta do Galeão ao Centro. Segundo Lélis, o Transcarioca já está disponível para 1,3 milhão de pessoas residentes nos 27 bairros cortados pelo corredor.
Mais dez BRTs até 2018
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O presidente da Fetranspor, Lélis Teixeira, defendeu que o governo estadual dê prioridade à implantação dos BRTs ao longo das rodovias RJ-104 (Rio-Manilha) e RJ-106 (Amaral Peixoto), ao invés da Linha 3 do metrô, que ligará Niterói a São Gonçalo. Segundo ele, com o valor estimado para o projeto, R$ 3 bilhões, é possível construir dez BRTs planejados para a Região Metropolitana.
Conforme O DIA revelou em novembro, a Fetranspor e a Câmara Metropolitana de Integração Governamental, órgão do governo estadual, preparam um plano para implementar dez corredores BRTs na Região Metropolitana do Rio, até 2018, ao custo de R$ 2,7 bilhões.
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Entre os dez BRTs, além dos dois citados, na área de São Gonçalo, há ainda, para a Baixada Fluminense, a previsão de BRTs na Dutra, Via Light e Rodovia Washington Luiz, além do Transbaixada. Os BRTs da Baixada poderiam se integrar ainda com uma pista exclusiva de ônibus na Ponte Rio-Niterói e no Arco Metropolitano. Estima-se que, dos mais de 3,7 milhões de habitantes dos municípios beneficiados com todos os projetos, 420 mil seriam transportados por dia, em 290 ônibus articulados e 460 convencionais, 590 a menos do que a frota atual.
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