Por thiago.antunes
Rio - Os moradores de Japeri, na Baixada Fluminense, estão assustado com a violência na região nos últimos dias. Dono de um posto de gasolina, na Avenida Tancredo Neves, em Mucajá, João Luiz Marinho contou que o estabelecimento foi atingido por 45 tiros na última quinta-feira. Nesse dia, os suspeitos incendiaram ônibus e saquearam agências bancárias, em protesto à morte do traficante Romarinho, da comunidade Guandu.
Antes de atirarem, João conta que os bandidos mandaram fechar o posto por volta do meio-dia. Mas ele decidiu não fechar. “O posto é de utilidade pública”, alega João. Por volta das 23h, os bandidos retornaram com quatro galões de cinco litros de gasolina e o ameaçaram. Durante a madrugada, eles atiraram no posto. “Eles disseram que eu iria sofrer as consequências. Os galões que eles pegaram foram os que jogaram nos ônibus já na madrugada de sexta”, conta.
Dono do posto%2C João Marinho conta que bando atacou porque ele não obedeceu ordem de fechar o negócioFoto de leitor

Essa não foi a primeira vez que o posto foi alvo de violência. Segundo João, apenas neste ano, aconteceram 19 assaltos. Em uma das ocasiões, cinco bandidos foram surpreendidos por dois policiais, que abasteciam a moto no posto de gasolina. Após a troca de tiros, um PM morreu e outro ficou ferido.

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O coronel Roberto de Oliveira, do 3º Comando de Policiamento de Área (CPA), informou que o policiamento já está sendo reforçado, com ajuda de outras unidades, além do 24º BPM (Queimados). “Nosso objetivo é dar mais tranquilidade e paz para a população de Japeri. Vamos fazer ações pró-ativas, e não apenas reativas”, garantiu. Em nota, o prefeito Ivaldo dos Santos, o Timor, diz que espera uma resposta imediata do governo para restabelecer a ordem na cidade.