Por paulo.gomes
Rio - O soldado da Polícia Militar Cristiano Rodrigues de Paula, assassinado no final da noite de domingo, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, será sepultado na terça-feira, às 11h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. O policial de 34 anos foi morto por volta das 22h, quando dois marginais anunciaram um assalto no bar onde estava o PM. Houve trocas de tiro e Cristiano foi atingido, sendo levado para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, onde morreu. Ele estava há dois anos na corporação.
Agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) realizaram a perícia no local e já ouviram algumas testemunhas. Foi aberto um inquérito e agora os policiais procuram por imagens de câmeras de seguranças instaladas na região para tentar identificar o autor do crime.
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A morte do soldado Cristiano, que era lotado no Centro de Manutenção de Materiais da PM, foi a 110ª somente neste ano. E ela aconteceu no mesmo dia em que mais de três mil pessoas se reuniram na orla de Copacabana, na Zona Sul, contra a morte de policiais. O movimento organizado pelos próprios PMs reivindica, entre outros pontos, tornar crime hediondo os assassinatos contra os agentes.
A passeata começou no Posto Seis e seguiu pela Avenida Nossa Senhora de Copacabana até a Rua Sá Ferreira. O movimento, junto com a ONG Rio de Paz, pretende apresentar as reivindicações para o governo do estado, ainda sem audiência marcada.
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Nas areias, foram fincadas cruzes com imagem dos PMs mortos. Os militares cantaram o Hino da Polícia Militar e algumas bandeiras do Brasil foram colocadas na janela dos apartamentos da orla. Os PMs reivindicam a blindagem dos contêineres das UPPs, o direito de levar a arma do trabalho para casa, uma escala de serviço menos apertada e agilidade na concessão de benefícios aos familiares.
Pelas redes sociais, as manifestações em favor de PMs mortos vêm crescendo com a criação do movimento “#basta”, em repúdio aos assassinatos.