Segundo o promotor do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco), Fábio Miguel de Oliveira, a ação fez com que o tráfico acreditasse na facilidade de atuação no local. "O tráfico via Teresópolis como uma mina de ouro", afirmou Oliveira.
Nesta sexta-feira, 20 pessoas foram presas - sendo 15 em Teresópolis e cinco no Rio - durante a Operação Mandrake, coordenada pelo Gaeco e a Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar e com objetivo de desarticular as quadrilhas, que atuavam nas duas regiões. No Rio, os traficantes tinham forte atuação no Morro da Providência, no Centro. Um homem, identificado como Jefferson Faria, morreu ao tentar fugir da polícia pulando do telhado. No entanto, desde o início da investigação, que começou há oito meses, 22 prisões já haviam sido feitas.
Foram apreendidos ainda 16 quilos de cocaína; quatro quilos de maconha; um fuzil; uma pistola 9 milímetros; um revólver; 104 munições e R$ 16 mil, que seriam pagos a PMs infiltrados como propina. Também foram apreendidos três carros e 17 motos.
"Essas apreensões deixaram claro que a tentativa do tráfico é ampliar sua rede de venda de drogas na Região Serrana. Essa quadrilha foi enfraquecida, não podemos dizer que vamos acabar com o tráfico, mas esse grupo levou grande baque", disse o tenente coronel Antonio Jorge Goulart, coordenador de inteligência da PM, afirmando ainda que os traficantes coordenam o tráfico de dentro dos presídios: "Infelizmente, nossos presos continuam, através de celulares, familiares e advogados, comandando o tráfico de drogas, mesmo dentro do presídio".
Os chefes das quadrilhas já estavam presos, porém, segundo o Gaeco, continuavam controlando o tráfico de dentro das prisões. João Firme de Siqueira Filho, vulgo 'Coroa' e 'João do Vale' comandava o crime em Teresópolis. Já André Gonçalves, conhecido como 'Gordão', no Morro da Providência no Rio.