Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - A morte do professor de História da Faetec Miguel Ângelo Coutinho de Lemos, na noite desta terça-feira, pode ter sido provocada após ele se assustar ao presenciar um assalto na esquina das ruas Carmem de Freitas Salgado e Nossa Senhora de Fátima, no bairro Califórnia, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, segundo o delegado da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Wellington Vieira. De acordo com testemunhas, ele descia a rua em sua moto quando se assustou com a cena, derrapou e caiu no chão.
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A DHBF procura a vítima do roubo, realizado por quatro homens em um carro branco. Apesar da hipótese de latrocínio, a polícia não descarta outras motivações. Ainda segundo o delegado da especializada, Miguel Ângelo foi morto com vários tiros, alguns deles na cabeça. Agentes já recolheram imagens câmeras de segurança da região, que estão sendo analisadas.
Miguel Ângelo Coutinho de Lemos%2C professor de História da Faetec%2C foi morto na noite de terça-feira%2C em Nova IguaçuReprodução Facebook

Anibal Lemos, irmão da vítima, estava arrasado. "Isso é o resultado da diminuição do poder da polícia e do aumento do poder dos bandidos. Estamos arrasados, meu irmão não deixou nenhum filho, mas muitos amigos." O corpo do professor será velado hoje em Juiz de Fora e enterrado nesta quinta-feira. Ele não tinha familiares no Rio e morava sozinho em Nova Iguaçu há nove anos.

Quadrilha pode ser a mesma que matou PM do Choque
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Há três semanas, um policial reformado do Batalhão de Choque na Via Dutra, em Nova Iguaçu. Segundo Wellington Vieira, a quadrilha que matou o subtenente José Messias Passos Corrêa, de 51 anos, pode ser a mesma que matou o professor de história. 
Apesar de testemunhas relatarem o grande número de assaltos na região, o 20º BPM (Mesquita) disse que há policiamento na região. Os bandidos se aproveitariam da troca de turno para realizar roubos na localidade.
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?Edição: Adriano Araújo