Por paulo.gomes
Rio - O ajudante de caminhão Daniel Pinheiro de Queiroz, de 48 anos, negou nesta sexta-feira que seu filho, Patrick Ferreira de Queiroz, de 11 anos, estava armado quando foi morto por PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Camarista Méier, na quinta-feira. No Instituto Médico Legal (IML) para a liberação do corpo, ele defendeu o menor e disse o filho não estava envolvido com o tráfico de drogas.
Daniel Pinheiro de Queiroz esteve na manhã desta sexta no IML para liberar o corpo de Patrick Ferreira de Queiroz%2C de 11 anos%2C morto por PMs na Camarista MéierSeverino Silva / Agência O Dia

"Escutei os tiros e dez minutos depois um menino disse que o Patrick tinha sido baleado. Vi o corpo do Patrick com a mochila e radinho. O PM me mostrou a arma dizendo que era do Patrick, só que mais tarde me mostrou outra arma", disse Daniel, pai de mais seis filhos, sendo que um, de 17 anos, cumpre medida socioeducativa.

Segundo o pai da criança, Patrick estava brincando, soltando pipa, quando foi baleado. Daniel Pinheiro disse ainda não acreditar na morte da criança. "Quando lembro do meu filho, acho que nada disso aconteceu".
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A prima de Patrick, que não quis se identificar, afirmou que ele foi executado. "Deram um tiro e ele caiu sentado. Quando chegaram perto, eles deram mais três tiros. Meu primo disse que trava com sede e o policial pegou água e jogou na cara dele", afirmou.
As armas utilizadas pelos policiais militares foram apreendidas e foi aberto um inquérito para apurar a morte do garoto. De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), o policiamento está reforçado na Camarista Méier e o clima na comunidade é de tranquilidade nesta manhã. Patrick será sepultado no Cemitério do Caju, mas o horário e a data ainda não foram confirmados.