Por paulo.gomes

Rio - "Chegamos a ouvir sim barulhos que pareciam de tiro. Mas quando vi o meu filho no chão, eu e outras pessoas do clube achamos que ele tivesse levado um tombo. Até o último minuto não acreditei que ele pudesse ter sido alvejado". As palavras são de Diná Costa, 38 anos, mãe de Asafe William Costa Ibraim, de apenas 9, atingido neste domingo por uma bala perdida na cabeça dentro do Sesi de Honório Gurgel, na Zona Norte. Ele está internado em estado grave no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Além de mostrar inconformismo com a insegurança na cidade, Diná ainda criticou a falta de assistência no socorro de Asafe. "Tive de levar meu filho ao hospital (Getúlio Vargas), sem saber se ele realmente tinha sido baleado. O Samu demorou e não nos atendeu até a hora que saímos de lá", relatou ela.  

Asafe Ibraim%2C de apenas 9 anos%2C foi alvejado dentro do Sesi de Honório Gurgel%2C na Zona Norte Reprodução Facebook

A assessoria do Sesi informou que dois profissionais do clube prestaram os Primeiros Socorros, enquanto aguardavam a chegada da ambulância do SAMU. De acordo com o clube, os pais preferiram não esperar a chegada do socorro médico e levaram o menino para o hospital mais próximo. 

Consternada, a mãe da vítima conta que Asafe foi transferido do Hospital Estadual Getúlio Vargas para o Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, pois na primeira unidade não havia CTI. A bala ainda está alojada na cabeça da criança, que está sedada. "Estamos aguardando os três dias que os médicos deram para ele responder", contou. 
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Diná contou que Asafe estava na piscina com ela e uma prima, quando saiu para o play do clube para beber água. "Até ouvimos barulhos nesse momento, mas em momento algum achamos que tivesse atingido alguém ali dentro", contou. 
"Ele é um menino muito esperto, ativo, não fica quieto por nada. Uma criança maravilhosa e inteligente", disse a mãe do menino.
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De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a 31ªDP (Ricardo de Albuquerque) está investigando o caso. Segundo os policiais, os familiares da criança e os funcionários do clube prestarão depoimento. Além disso, os agentes vão solicitar as câmeras de segurança instaladas no Sesi para análise. 
Esse foi o segundo caso de uma criança baleada no final de semana. No último sábado, Larissa de Carvalho, de 4 anos, foi atingida quando deixava um restaurante com a família, em Bangu, na Zona Oeste. A mãe decidiu doar os órgãos.
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