Por thiago.antunes

Rio - A prefeitura vai lançar quinta-feira um plano estratégico para identificar e combater as principais causas que travam o desenvolvimento da cidade. O projeto ‘Rio Resiliente’ é resultado de um ano e meio de debates entre 39 empresas e órgãos municipais de serviços básicos na cidade.

A prefeitura levantou 43 pontos da cidade%2C como a Avenida Brasil%2C que são monitorados em caso de chuvaAlessandro Costa / Agência O Dia

A importância do projeto pode ser mensurada por quem assina o prefácio do documento: Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos e Nobel da Paz por sua firme atuação no combate às mudanças climáticas.

“Como diminuo as chances de cair e como me levanto rapidamente, se a queda for inevitável? Essas são as respostas para administrar melhor as ações e os recursos empregados num momento de crise”, ressaltou o secretário municipal de Conservação Marcus Belchior. Riscos vinculados a mudanças climáticas, como alagamentos e deslizamentos de encostas, e questões de mobilidade, infraestrutura urbana e de saúde estão entre os principais pontos de atuação do ‘Rio Resiliente’.

Cinco pontos

Chefe-executivo de Resiliência e Operações do Rio, Pedro Junqueira assinala que os órgãos municipais atuarão com base em cinco pilares, num pacto de ação. “Os três primeiros são a prevenção, o monitoramento da situação e a mobilização de equipes e recursos, a partir do momento em que haja o choque. O quarto pilar é a comunicação entre todos os atores, nos vários níveis de responsabilidade, para a distribuição das ações. Por fim, o aprendizado que se extrai da experiência”, destacou Junqueira.

A responsabilidade compartilhada é um dos objetivos do projeto. “Queremos fazer diferença na História do Rio, mantendo o engajamento da sociedade e apoiando a conscientização dos indivíduos sobre onde eles se encaixam no coletivo. O cidadão também tem que descobrir o que pode fazer para melhorar a cidade ou evitar um dano a ela”, afirmou Junqueira, que aposta em programas educativos de vários gêneros para despertar o comportamento resiliente na população.

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Um workshop foi programado para o lançamento do ‘Rio Resiliente’, do qual participarão acadêmicos, especialistas, empresários, órgãos da prefeitura e instituições nacionais e internacionais. “Queremos um amplo debate com a sociedade, criando o engajamento de todos”, afirmou Junqueira.
Para auxiliar na implantação, a Prefeitura do Rio tem apoio da uma ONG americana Fundação Rockfeller. Como em 2013 o Rio foi escolhido pela fundação para compor a rede 100 Cidades Resilientes, a ONG empresta suporte técnico e intelectual ao município. O comitê gestor atuará no Centro de Operações Rio, na Cidade Nova.
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Risco de alagamentos em 43 pontos
A prefeitura mapeou, por exemplo, 43 pontos em que há sérios alagamentos devido a chuvas e já traçou um plano de contingência para evitar riscos de vida e congestionamentos. O plano estabeleceu que vias fechar em caso de formação de bolsões de água e por onde o trânsito deve ser desviado.
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“O objetivo principal é evitar o risco de vida e diminuir os transtornos para os cariocas. O monitoramento vai nos dizer o momento exato da interdição”, explicou o secretário de Conservação Marcus Belchior. Na Zona Oeste são 19 locais. Um dos mais críticos é a Avenida Cesário de Melo com Estrada do Monteiro, em Campo Grande. Na Zona Norte, mais 18. Um dos principais é a Avenida Brasil, em Bonsucesso. Cinco na Zona Sul, entre eles a Praça Sibélius, na Gávea. No Centro, o principal monitoramento do COR é na Avenida Presidente Vargas, altura da estação Cidade Nova do Metrô.
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