Por thiago.antunes
Rio - A Câmara de Vereadores de Itaguaí aprovou nesta terça-feira a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de desvios de recursos públicos contra o prefeito Luciano Motta (PSDB). A CPI será presidida pelo vereador Jaílson Barboza (PRP) e terá a participação de Noel Pedrosa (PT do B) e de Willian Cezar (PT) .
Motta é suspeito de corrupçãoDivulgação

A votação, em sessão ordinária, teve a participação de apenas seis vereadores, o quórum mínimo exigido pelo Estatuto. Para tentar garantir uma discussão mais ampla, o presidente da Câmara, Nisan César, enviou ofício a cada um dos 17 integrantes. Mas a maioria, principalmente o grupo próximo ao prefeito, não apareceu como manobra para tentar evitar a criação da CPI.

O objetivo da Comissão é investigar a conduta do prefeito de 32 anos, que foi acusado em dezembro de liderar uma quadrilha que desviou R$ 30 milhões do município. Estariam no esquema secretários municipais, empresários e servidores, além de vereadores. As suspeitas contra Luciano Motta surgiram por causa da ostentação de bens de alto preço. Em setembro, a Polícia Federal apreendeu uma Ferrari, avaliada em 1,5 milhões, que ele usava para ir à prefeitura.

No mês passado, houve a primeira tentativa de criação da CPI, mas apenas dois vereadores compareceram para assinar o documento que daria inicio às investigações. O boicote foi atribuído a pressões de empresários, dos vereadores suspeitos e do prefeito Luciano Motta. Além disso, a Câmara de Vereadores não conseguiu nem seque aprovar um pedido de convocação de Motta para dar esclarecimentos sobre as denúncias. Em outubro, um requerimento nesse sentido recebeu apenas dois votos a favor.
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