Por paulo.gomes

Rio - Cerca de 100 pessoas compareceram na manhã desta terça-feira, ao Cemitério Jardim da Saudade em Paciência, na Zona Oeste, para o sepultamento da pequena Larissa de Carvalho, de 4 anos. A mãe da menina, Mileni de Carvalho, passou mal durante o velório. Já Tânia Maria Pereira, avó de Larissa, lembrou que fará aniversário no final deste mês, mas que o seu presente foi levado embora.

"Estamos todos destruídos. Faltam 10 dias para o meu aniversário, mas prefiro esquecer essa data. Meu presente está sendo enterrado aqui. A polícia não pode ter medo de enfrentar a bandidagem. Meu desejo é que eles descubram quem matou minha netinha o mais rápido possível e que o culpado seja punido da forma correta, sem pagar propina pra ninguém e ser solto. Se a polícia não der jeito, faço justiça com as próprias mãos. Não tenho medo de ser presa. Vou feliz se tiver acabado com quem matou minha netinha", disse revoltada a avó de Larissa, Tania Maria Pereira.

Larissa de Carvalho%2C de 4 anos%2C foi sepultada na manhã desta terça-feira%2C em Paciência%2C na Zona Oeste. Ela morreu vítima de bala perdidaAlexandre Vieira / Agência O Dia

A Polícia Civil realizou na tarde desta terça uma reconstituição para saber de onde partiu a bala que atingiu a menina. Larissa foi vítima de uma bala perdida quando deixava um restaurante com a família, no último sábado, em Bangu, na Zona Oeste.

Delegado assistente da Divisão de Homicídios da Capital (DH), Giniton Lages afirmou que o tiro que atingiu e matou Larissa veio do alto e não saiu de um fuzil.

"Desde de que fomos acionados (nesta segunda-feira), estamos tentando entender o que ocorreu. A perícia no local tem o objetivo de delimitar o perímetro de onde possa ter partido esse disparo. Esse trabalho será feito de forma técnica. Todo o projétil tende a desenhar uma parábola. Através da angulação do projétil nós poderemos traçar as possibilidades", afirmou.
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