Por nicolas.satriano
Rio - Narrando o que mais parece ser um pesadelo, uma mãe, Alessadra Veiga Martins contou no Facebook a terrível experiência de ver sua filha de 1 ano e 7 meses chorar e gritar desesperadamente ao ser queimada, na última sexta-feira, por uma caravela portuguesa, animal semelhante à água-viva. O acidente aconteceu no Leblon, em frente à Rua Venâncio Flores, na Zona Sul do Rio.  
Segundo relato publicado na rede social, a criança foi ao mar para se refrescar junto do pai. De repente, foi possível ver o bicho e tentáculos agarrados às pernas da criança. O pai então arrancou com a própria mão e começou a puxar os tentáculos arroxeados com aproximadamente 80cm, que pareciam "grampeados" nas pernas da criança. 
Menina teve 50% do corpo afetado ao ser queimada pelo animal%2C segundo a mãeReprodução Facebook

Os pais levaram a menina ao Hospital Copa D’or, em Copacabana, onde a equipe pediátrica seguiu as orientações do Centro de Intoxicações do Hospital Universitário Antonio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Felizmente, a menina, que teve queimaduras nos dois braços, nas pernas e parte das costas, foi tratada e recebeu alta no mesmo dia. De acordo com o depoimento da mãe, a filha chegou a ter 50% do corpo afetado pelas queimaduras do animal. 

Queimaduras podem levar à morte

O animal que queimou a criança no Leblon, mesmo que não identificado, com certeza se tratava de um organismo com tentáculos que possuem uma toxina muito forte, segundo o biólogo Mário Moscatelli. De acordo com ele, dependendo do estado de saúde e nível de exposição aos tentáculos, o quadro da vítima pode se agravar e levar à morte. 

"O problema é que os tentáculos variam de comprimento, de centímetros a metros", afirmou o biólogo.

Apesar disso, não há motivo para alarde. Segundo o biólogo, esses animais vêm junto com correntes de água fria e raramente são vistos nas praias cariocas. De acordo com Mostatelli, Crianças e idosos são mais vulneráveis e ainda existe outro agravante, que seria o caso de pessoas alérgicas. O biólogo orienta que pessoas queimadas não procurem curas alternativas e busquem rapidamente uma unidade de saúde.