Por paloma.savedra
Rio - Internado há quatro dias no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, o pequeno Asafe William Costa Ibraim, de apenas 9 anos, teve morte cerebral atestada nesta quarta-feira. A criança foi atingida por uma bala perdida no olho direito dentro do Sesi de Honório Gurgel, na Zona Norte do Rio, no domingo. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, Asafe teve morte encefálica constada às 14h10. 
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"O coração está arrasado. É a única coisa que posso dizer neste momento. A família toda está muito triste e abalada. Vamos esperar passar esse momento para ver o que faremos daqui pra frente", disse a mãe do menino, Diná Costa, 38, logo após receber a confirmação da morte de seu filho. "Ele era uma criança maravilhosa e inteligente", lembra.
Asafe Ibraim%2C de apenas 9 anos%2C foi alvejado dentro do Sesi de Honório Gurgel%2C na Zona Norte Reprodução Facebook

"A gente nunca sabe o que pode acontecer. Fomos ao clube para ter uma tarde de lazer", lamenta a mãe, que não descartou voltar ao local: "Não posso dizer que deixarei de ir. A sensação de insegurança é em todo lugar. Pode acontecer algo comigo em uma padaria ou em outro local". 

Diná afirma ainda que espera que o clube tome alguma providência com o caso de seu filho: "Eu reclamei muito da falta de assistência médica ali dentro. Espero que com esse caso, eles disponibilizem socorro no local". 
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O pequeno Asafe estava internado em estado grave no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, desde domingo. Ele estava sedado e os médicos esperaram ele reagir. 
Diná contou que Asafe estava na piscina com ela e uma prima, quando saiu para o play do clube para beber água. "Até ouvimos barulhos de tiros, mas em momento algum achamos que tivesse atingido alguém ali dentro", relatou ela, que viu o filho caído no chão: "Achamos que ele tivesse levado um tombo. Até o último minuto não careditei que ele tivesse sido alvejado". 
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Esse foi o segundo caso de uma criança baleada no final de semana. No último sábado, Larissa de Carvalho, de 4 anos, foi atingida quando deixava um restaurante com a família, em Bangu, na Zona Oeste. A menina também morreu.
Polícia busca imagens do atirador
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?As investigações sobre a morte de Asafe William estão a cargo da 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e poderão ser encaminhadas para a Divisão de Homicídios (DH). De acordo com a Polícia Civil, familiares da criança e funcionários do Sesi estão sendo ouvidos e imagens de câmeras do clube já foram solicitadas para ajudar nos trabalhos.
No caso de Larissa, a DH já sabe que o tiro que a atingiu veio de cima e que o atirador deve ter disparado para o alto, pois a bala entrou na parte superior da cabeça da menina. O padrasto dela, Wellington Nascimento, contou que Larissa estava atravessando a Rua Rio da Prata, vindo em direção a ele, quando caiu baleada.
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“Ela estava no lugar errado, na hora errada”, lamentou Wellington. A mãe da menina, Mileni de Carvalho, que chegou a desmaiar durante o velório, terça-feira, iniciou ontem tratamento psicológico.
Quando foi baleada, Larissa estava acompanhada de 11 parentes que saíam do restaurante, em Bangu. Segundo Wellington, todos foram prestigiar o show de um amigo que toca violão em um bar do bairro e foram jantar em seguida.
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