Vizinhos socorreram a criança no Hospital Central da PM, no mesmo bairro. Ela foi atingida na perna direita, onde a bala ficou alojada. A menina foi medicada e liberada. No final da noite, a mãe, Lucilene Cordeiro, com a criança no colo, prestou depoimento na 6ª DP (Cidade Nova). “Agora é levantar a mão para os céus e agradecer”, disse a diarista.
A delegada assistente Juliana Montes informou que policiais do Batalhão de Choque disseram na delegacia que faziam ronda no local e foram recebidos a tiros por traficantes. Os agentes revidaram. Na troca de tiros, a menina teria sido atingida. Um militar do Choque também foi ferido na perna por estilhaços.
Já vizinhos contestam a versão. Janice Gonçalves, amiga da família, contou que os atiradores entraram na casa de sua sogra de 88 anos. “Botaram meu filho de joelhos, o revistaram e disseram que eram policiais”, contou Janice., acrescentando que o suspeitos teriam fugido num carro do Choque.
Pouco depois, moradores revoltados tentaram fechar a Rua Carmo Neto, nas proximidades, para protestar. Eles começaram a atear fogo em lixo, mas a ação foi reprimida por policiais militares do 4º BPM, que teriam lançado bombas de efeito.
Sábado à noite, Larissa de Carvalho Oliveira, 4 anos, foi baleada na cabeça quando saía de um restaurante em Bangu com a família. A perícia feita no local constatou que o disparo que atingiu Larissa foi feito para o alto.