Por nicolas.satriano
Aristeu Leonardo%3A convite aceitoSeverino Silva / Agência O Dia

A Força Nacional de Segurança Pública (FNS) pode ter como novo diretor um oficial do Rio de Janeiro. O coronel Aristeu Leonardo Tavares, 52 anos, que, atualmente, trabalha na gerência de Operações de Segurança no Comitê Rio 2016, recebeu o convite para o assumir o cargo e aceitou. O assunto, no entanto, tem sido tratado com restrição, porque ainda não houve nomeação em Diário Oficial, o que, em tese, permite que qualquer decisão ainda seja mudada rapidamente.

Procurado, o coronel não quis falar sobre o assunto. O oficial se limitou a confirmar o convite e o interesse. Desde 2011,l ocupa o cargo de diretor-geral da Força Nacional o coronel Alexandre Aragon, do Rio Grande do Sul. O grupo de elite — formado por 7.676 policiais — foi criado em 2004 para atender às necessidades emergenciais dos estados.

De acordo com o site do Ministério da Justiça, compõem a Força Nacional os melhores policiais e bombeiros dos grupos de elite dos Estados, que passam por um rigoroso treinamento na Academia Nacional de Polícia (da Polícia Federal), em Brasília, que vai de especialização em crises até direitos humanos. “O processo de escolha dos policiais que participam do programa de treinamento é bastante rigoroso. O Ministério da Justiça envia ofício para todas as polícias militares do país, que escolhem entre os voluntários aqueles que mais se destacam”, explica o site, na área institucional.

Além de se dedicar à carreira militar, onde iniciou em 1983 como aspirante, o coronel Leonardo foi árbitro e presidente da Comissão de Árbitros da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), cargo que deixou em fevereiro de 2013.
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A possível nomeação de Aristeu Leonardo ao cargo de diretor da Força Nacional pode provocar futuras saias-justas, caso a FNS volte a atuar no Rio em apoio às polícias, como ocorreu em diversas situações. Isso porque ele e o atual comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alberto Pinheiro Neto, já trocaram farpas, em 2012. Uma troca de e-mails entre os dois se transformou numa lavagem de roupa suja pública, porque as respostas com acusações foram enviadas para uma lista de oficiais da corporação, além do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e o então comandante da PM, Erir Ribeiro.
Na ocasião, Aristeu, que era superintendente de Planejamento e Operações da Secretaria de Segurança, reclamou do tratamento dispensado por Pinheiro, que era chefe do Estado-Maior da PM.
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