Por marcello.victor
Rio - Mais uma plantação de maconha foi encontrada nesta quinta-feira no Rio. Durante a tarde, policiais do 6º BPM (Tijuca) encontraram um esquema de cultivo da erva em um apartamento na Estrada da Paz, no Alto da Boa Vista, na Zona Norte do Rio. O proprietário foi preso. Pela manhã, PMs do 2º BPM (Botafogo) já haviam encontrado uma vasta plantação em uma casa no Humaitá, na Zona Sul carioca.
Com base em uma informação passada ao Disque-Denúncia, os policiais do 6º BPM foram até o apartamento no Alto da Boa Vista. No local, eles descobriram que Rafael Martins, de 30 anos, matinha a plantação dentro do guarda-roupas. O cultivo era feito através de um sofisticado esquema para garantir a qualidade da droga, mantida em uma estufa. Foram apreendidos 19 pés de maconha e 44 mudas
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Segundo o delegado Edézio Ramos, a alegação do acusado de que o plantio seria para fins terapêuticos e consumo próprio não se sustenta, pela sofisticação do sistema.Também foram encontrados material fertilizante e adubos, além de um refletor. A polícia vai investigar se há outras pessoas envolvidas no esquema.
Rafael Martins foi atuado por tráfico de drogas. A pena pode chegar a 15 anos de prisão.
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Em vez de ladrão, maconha
Vítima de uma invasão de domicílio no Humaitá, um casal acabou detido após acionar a Polícia Militar na manhã de quinta-feira. Ao chegar à casa procurando pelo suposto invasor, policiais do 2º BPM tiveram uma surpresa. Eles encontraram uma vasta plantação de maconha, com pelo menos 50 pés.
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Segundo PMs, os dois moradores, que seriam professores, alegaram que todo material era para consumo próprio. No entanto, o professor de 57 anos, com formação em Bioquímica, foi preso por tráfico. No meio da plantação no quintal havia dois banquinhos, onde ele consumia a droga, segundo os agentes. Na casa do suspeito também foram encontradas substâncias para produzir e alterar a droga. Em cinco caixas d’água, ele ainda criava peixe.
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De acordo com os policiais, alguns dos pés de maconha tinham cerca de 2 metros de altura. Também foram encontrados 14 vidros com restos de cigarro da droga, que o bioquímico alegou serem utilizados no replanti.
Agentes da 10ª DP (Botafogo) foram até a residência para realizar o trabalho de perícia. O suspeito de invadir a casa, que teria furtado um celular e um tablet, não foi encontrado.
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“O professor alegou que alguém invadiu o quintal da residência para roubar. Chamaram a polícia, mas devem ter esquecido da droga. Em vários anos de profissão nunca vi uma cena como essa”, disse um PM que não quis se identificar, em frente à residência do casal.
Discussão sobre o plantio
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A apreensão da maconha na casa do professor chamou a atenção de correntes que defendem e que são contra o plantio da droga em casa.
“Sou a favor dos pequenos plantios para consumo próprio, desde que não se caracterize tráfico de drogas. Se não encontraram balança de precisão ou armas, por exemplo, o casal deve apenas ser punido ou advertido. O cultivo em casa favorece a redução da violência e do tráfico”, acredita o deputado estadual Carlos Minc.
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Já o ex-comandante-geral da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, se diz contra o cultivo. “Facilita o acesso às drogas. Não sou a favor da liberação e da legalização. Daqui a pouco, vai virar moda plantar maconha em casa”, criticou
Para o conselheiro em dependência química, Sérgio Couto, a maconha plantada e cultivada em residência, mesmo com menos substâncias químicas, prejudica a saúde dos usuários, principalmente entre jovens de até 23 anos. “Até essa idade, o cérebro está em formação e a maconha prejudica seu desenvolvimento. Pode causar surtos na falta da droga. Esta maconha cultivada em casa também é muito prejudicial”, explicou.