Por nicolas.satriano

Rio - A empresa que for contemplada com a concessão da Ponte Rio-Niterói em maio, quando termina o contrato com o Grupo CCR, terá que executar três grandes obras para reduzir os engarrafamentos. Entre as exigências do edital, publicado ontem pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), estão as construções de um viaduto para ligar a Ponte à Linha Vermelha, uma via de acesso direto ao Porto do Rio — a Avenida Portuária — e um mergulhão sob a Praça Renascença, em Niterói. O pedágio não vai poder ultrapassar os atuais R$ 5,20, neste ano (só no sentido Niterói).

O leilão está previsto para dia 18 de março e a assinatura do contrato, em 22 de maio. A empresa que oferecer o maior desconto sobre o valor fixado como teto ganha a licitação, que ficará vigente nos próximos 30 anos — a atual foi válida por 20. A proposta do governo estadual de BRT ou seletiva de ônibus na Ponte não entrou no edital.

As futuras obrasArte O Dia

Uma das novidades foi a decisão da ANTT pela inclusão da Avenida Portuária, que estava em estudo. A via terá pista de sentido duplo com 3,1 quilômetros e dará continuidade à alça da Linha Vermelha, possibilitando o acesso exclusivo de caminhões ao porto. “Essa alça facilita as operações do Porto do Rio e melhora o trânsito para todos”, diz Cristiano Prado, gerente de Competitividade da Firjan.

Já o viaduto para a Linha Vermelha terá uma pista em sentido único, com 2,5 quilômetros, que vai atender ao fluxo para o Aeroporto do Galeão. O objetivo é evitar que usuários com destino à Baixada e à Dutra passem pela Avenida Brasil. Os prazos para a conclusão das obras são, respectivamente, cinco e quatro anos.

Já em Niterói, o vencedor deve construir o mergulhão da Praça Renascença, na direção da Av. Feliciano Sodré, em até dois anos.A concessionária terá ainda de fazer passarela de pedestres na Ilha de Mocanguê, com recuo para quatro ônibus. Outras exigências são mais duas cabines de pedágio e baias de recuo, pista flex para motocicletas e veículos leves. A projeção é de receita nos 30 anos de concessão de R$ 5,14 bilhões, com investimento de R$ 1,3 bilhão e custos operacionais, de R$ 1,98 bilhão.

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