Rio - A confusão envolvendo o desembargador Valmir de Oliveira Silva e o juiz João Batista Damasceno, na tarde de quarta-feria, dentro do Fórum do Rio, pode parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Titular da 1ª Vara de Órfãos e Sucessões, Damasceno pode comunicar as ameaças que diz ter recebido do ex-corregedor, à subprocuradoria do órgão superior.
Uma sindicância foi aberta pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ) após representação do juiz contra Valmir. Na próxima segunda-feira, o ex-corregedor, segundo a assessoria do TJ, deve fazer o mesmo, representando contra Damasceno.
Os magistrados discutiram e se exaltaram enquanto esperavam para fazer exames médicos na academia, que fica no subsolo do prédio do Tribunal. O motivo seria um e-mail enviado, em “tom irônico”, por Damasceno a Valmir e à ex-presidente do TJ, Leila Mariano. O ex-corregedor teria ido tirar satisfações.
Após uma discussão acalorada, o juiz entrou em uma sala do setor de limpeza, onde fazia gravações das ofensas de Valmir. Segundo testemunhas, o juiz teria puxado a arma, inicialmente, “em legítima defesa”. No momento da confusão, seguranças fecharam o Fórum alegando que um preso havia fugido.
De um lado, Damasceno alega que o desembargador disse que iria “estourar seus miolos”. De outro, o ex-corregedor afirma que foi chamado de ‘crápula’. O desfecho sobre a investigação do embate poderá ser submetido ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça.