Por nicolas.satriano

Rio - A Polícia Civil investiga se o neozelandês Paul Barry Clark, de 63 anos, também abusava da própria filha menor de idade. Preso desde janeiro, ele teve a prisão temporária prorrogada por 30 dias nesta segunda-feira e é acusado de se fingir de Papai Noel para atrair e estuprar crianças em sua casa, na Zona Oeste. Cinco supostas vítimas, entre 7 e 10 anos, já confirmaram os crimes.

De acordo com a 35ª DP (Campo Grande), uma das crianças contou que Paul exibiu um vídeo pornográfico, enquanto abusava sexualmente dela, em que praticava atos pornográficos com sua filha. O suspeito também teria dito à vítima que o próprio filho, supostamente maior de idade, teria gravado as imagens.

O delegado Hilton Alonso, que está à frente das investigações, pretende interrogar Paul no presídio para saber a versão dele sobre essas acusações e para tentar localizar os filhos do suspeito.

Neozelandês Paul Barry Clarck foi preso por policiais da 35ªDP (Campo Grande) acusado de usar sua semelhança com Papai Noel para abusar de criançasDivulgação

"Geralmente os estupros eram cometidos na casa do autor. Ele fazia churrasquinho e chamava as crianças para ver filmes lá. Todas as vítimas ratificaram a maneira como ele agia", afirmou Alonso ao DIA.

Ainda segundo o delegado, o suspeito oferecia dinheiro às crianças e se aproveitava da semelhança com o Papai Noel para ganhar a confiança delas. Quando Paul foi preso, o passaporte dele já estava vencido.

"O primeiro caso foi descoberto em outubro, quando a mãe de um menino de 9 anos soube que ele tinha sido abusado e denunciou na delegacia. Na ocasião, a família trouxe um amiguinho da vítima, de 7 anos, que também tinha sido estuprado", lembrou Alonso. A mãe do garoto de 9 anos contou que o filho chegou em casa com R$ 50 e, pressionado por ela, contou que tinha recebido a quantia de Paul após praticar sexo oral com ele.

Quando Paul foi preso, a polícia apreendeu um computador, uma câmera fotográfica e pendrives em sua casa. Enquanto aguarda o laudo da perícia que apura a existência dessas imagens, a 35ª DP continua em busca de provas para descobrir se outras crianças foram vítimas do neozelandês.

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